No abstract
Introdução: O traumatismo de tórax faz parte de aproximadamente 30% dos politraumatizados, sendo o hemotórax uma lesão frequente e responsável por uma das principais causas de morte. Geralmente é tratado por procedimento simples como dreno torácico isolado, porém essa conduta vem sendo questionada pela bibliografia moderna. Neste cenário emerge a toracoscopia assistida por vídeo (VATS) como técnica minimamente invasiva, com poder diagnóstico e terapêutico no hemotórax traumático. Objetivo: Este artigo tem o propósito de realizar uma revisão da literatura para atestar a eficácia da videotoracoscopia precoce em uma frequente causa de morte associada ao traumatismo de tórax na emergência, o hemotórax traumático. À luz de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais de diferentes localidades, inseridos e reconhecidos na literatura, buscamos contribuir à prática médica com prerrogativas concretas da bibliografia recente. Métodos: Para a realização desse artigo de revisão, desenvolveu-se pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, analítica através da consulta realizada nas plataformas de busca online SciELO, PubMed, Medline Bireme, LILACS e The New England Journal of Medicine, independente do período da publicação. Utilizou-se dos descritores ‘’video-assisted thoracic surgery’’, ‘’thoracic drainage’’ e ‘’hemothorax’’. Foram encontradas 1365 referências nas plataformas de busca e selecionados 14 ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais para análise na íntegra. Na construção deste exposto, foram utilizados capítulos de obras bibliográficas, metanálises, estudos de coorte, consensos e revisões sistemáticas. Resultados: A partir da análise dos resultados foi constatado que a abordagem do hemotórax com VATS em relação ao dreno isolado, obteve: média do período total de internação aproximadamente 23% menor; média de duração do dreno de tórax em selo d’água foi 21,5% menor; e a taxa de complicações foi 71,4% menor. Nos estudos que avaliaram o sucesso do manejo do hemotórax com videotoracoscopia, a taxa média de sucesso da aplicação do método foi próxima de 90,2% dos 10 estudos analisados. Na drenagem por tubo isolada, a morbidade aumenta, bem como as taxas de complicações. Conclusão: Por conseguinte, fica claro, através da literatura, a superioridade da videotoracoscopia precoce frente ao dreno isolado de tórax, no diagnóstico, tratamento e resolutividade do hemotórax traumático. A aderência deste procedimento pouco invasivo, reduz o tempo de internação, o tempo de permanência do dreno torácico e consequentemente o custo hospitalar. Tem maior taxa de sucesso no tratamento, diminui o risco de desenvolvimento de complicações e evacua de forma eficiente o sangue acumulado na cavidade pleural. Além disso, através de uma precisa avaliação do paciente, esta viabiliza uma maior segurança no manejo de intervenções mais invasivas e evita procedimentos desnecessários. Neste viés, a videotoracoscopia é uma abordagem viável e indicativa prognóstica na avaliação de pacientes hemodinamicamente estáveis, que pode ser aplicada com sucesso no hemotórax traumático. Para tanto, o encorajamento por parte do corpo cirúrgico é indispensável para consolidação desta técnica como ferramenta aliada do cirurgião torácico.
Introdução: O traumatismo de tórax faz parte de aproximadamente 30% dos politraumatizados, sendo o hemotórax uma lesão frequente e responsável por uma das principais causas de morte. Geralmente é tratado por procedimento simples como dreno torácico isolado, porém essa conduta vem sendo questionada pela bibliografia moderna. Neste cenário emerge a toracoscopia assistida por vídeo (VATS) como técnica minimamente invasiva, com poder diagnóstico e terapêutico no hemotórax traumático. Objetivo: Este artigo tem o propósito de realizar uma revisão da literatura para atestar a eficácia da videotoracoscopia precoce em uma frequente causa de morte associada ao traumatismo de tórax na emergência, o hemotórax traumático. À luz de ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais de diferentes localidades, inseridos e reconhecidos na literatura, buscamos contribuir à prática médica com prerrogativas concretas da bibliografia recente. Métodos: Para a realização desse artigo de revisão, desenvolveu-se pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, analítica através da consulta realizada nas plataformas de busca online SciELO, PubMed, Medline Bireme, LILACS e The New England Journal of Medicine, independente do período da publicação. Utilizou-se dos descritores ‘’video-assisted thoracic surgery’’, ‘’thoracic drainage’’ e ‘’hemothorax’’. Foram encontradas 1365 referências nas plataformas de busca e selecionados 14 ensaios clínicos randomizados e estudos observacionais para análise na íntegra. Na construção deste exposto, foram utilizados capítulos de obras bibliográficas, metanálises, estudos de coorte, consensos e revisões sistemáticas. Resultados: A partir da análise dos resultados foi constatado que a abordagem do hemotórax com VATS em relação ao dreno isolado, obteve: média do período total de internação aproximadamente 23% menor; média de duração do dreno de tórax em selo d’água foi 21,5% menor; e a taxa de complicações foi 71,4% menor. Nos estudos que avaliaram o sucesso do manejo do hemotórax com videotoracoscopia, a taxa média de sucesso da aplicação do método foi próxima de 90,2% dos 10 estudos analisados. Na drenagem por tubo isolada, a morbidade aumenta, bem como as taxas de complicações. Conclusão: Por conseguinte, fica claro, através da literatura, a superioridade da videotoracoscopia precoce frente ao dreno isolado de tórax, no diagnóstico, tratamento e resolutividade do hemotórax traumático. A aderência deste procedimento pouco invasivo, reduz o tempo de internação, o tempo de permanência do dreno torácico e consequentemente o custo hospitalar. Tem maior taxa de sucesso no tratamento, diminui o risco de desenvolvimento de complicações e evacua de forma eficiente o sangue acumulado na cavidade pleural. Além disso, através de uma precisa avaliação do paciente, esta viabiliza uma maior segurança no manejo de intervenções mais invasivas e evita procedimentos desnecessários. Neste viés, a videotoracoscopia é uma abordagem viável e indicativa prognóstica na avaliação de pacientes hemodinamicamente estáveis, que pode ser aplicada com sucesso no hemotórax traumático. Para tanto, o encorajamento por parte do corpo cirúrgico é indispensável para consolidação desta técnica como ferramenta aliada do cirurgião torácico.
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