ResumoOs Bancos de Alimentos (BA) são os Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) mais importantes para o combate ao desperdício de alimentos em todo o país. Atualmente, existem 214 BA em operacionalização no Brasil. Os alimentos recebidos pelos Bancos frequentemente não possuem valor comercial, no entanto, encontram-se próprios para o consumo. As Boas Práticas, por sua vez, tornam-se elementos essenciais para garantir a qualidade dos produtos recebidos e doados pelos BA. O Manual de Boas Práticas (MBP) norteia a implantação das Boas Práticas e auxilia na sua manutenção. Considerando a importância do MBP para a promoção da SAN dos beneficiários receptores, assim como a inexistência de literatura específica para o setor, o presente artigo objetivou apresentar uma proposta de Roteiro de MBP com olhar ampliado para aplicação nos BA. A sistematização da proposta segue uma adaptação de MBP utilizado para serviços de alimentação e marcos normativos referentes às Boas Práticas em âmbito nacional e internacional. O Roteiro foi composto por dez itens, que são detalhados, relacionados com os marcos normativos, e abordam, além dos controles de qualidade normalmente observados para os serviços de alimentação, artigos peculiares aos BA. Por fim, é importante destacar que o MBP deve ser desenvolvido de acordo com cada realidade. Ressalta-se ainda que o roteiro por si só não promove a SAN dos beneficiários receptores, pois existe a necessidade de executar sistematicamente o que está descrito e/ou realizar adaptações para garantir o controle de qualidade dos alimentos. Palavras-chave:Segurança Alimentar e Nutricional. Controle de Qualidade. Qualidade dos Alimentos. Manuais.
Refletir sobre os diálogos e convergências, bem como sobre as divergências, imbricadas nos sistemas alimentares requer, minimamente, uma compreensão ampliada de todo o emaranhado que o engloba e nos convida a rompermos com as leituras compartimentadas da tríade sociedade-natureza-cultura. A ciência da nutrição historicamente sofre influencias do cartesianismo biológico e para pensar em formação/atuação a partir de olhares ampliados é necessário conhecer as diversidades dos sistemas alimentares e discutir alternativas para o modelo hegemônico. A alternativa é aqui apresentada através da agroecologia, em sua tríade ciência-movimento-prática. A discussão busca romper com a lógica compartimentada, visto que as/os nutricionistas são fundamentais na busca e na construção de sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis.
RESUMO O artigo traz uma discussão sobre a conexão entre saúde coletiva e agroecologia como promotoras de saúde, como expressão de sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis orientados pelo princípio de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN). A noção de regime alimentar corporativo ou neoliberal orienta a interpretação das transformações do sistema alimentar no contexto da ordem global neoliberal, a partir da qual é possível detectar suas fragilidades. Assim, é dada atenção a tendências contra-hegemônicas impulsionadas por movimentos sociais e formas alternativas de produção e abastecimento alimentar. O regime alimentar neoliberal concentrado no poder das grandes corporações, capazes de capturar o aparelho de Estado, é marcado por práticas desiguais e destrutivas, que expulsam povos dos seus territórios, expropriam a natureza, contaminam solos, água, ar e alimentos, adoecem e matam pessoas e o ambiente. Em oposição, entendem-se a agroecologia e a saúde coletiva como campos contra-hegemônicos que promovem sistemas alimentares sustentáveis e saudáveis. Dessa forma, apoiado nessa análise, é necessário construir uma base de conhecimento interdisciplinar que dê solidez conceitual e visibilidade a outro sistema alimentar coeso e sustentado nos princípios da SSAN, no direito humano à alimentação adequada, na valorização da vida humana e respeito à natureza.
O objetivo deste artigo é analisar a distribuição espacial dos equipamentos de disponibilidade de frutas e hortaliças (FH) no município de Curitiba à luz do princípio da equidade, tendo por base pesquisa ecológica nas 10 regionais do município. Para tanto foram considerados o perfil econômico, a densidade de equipamentos públicos que comercializam FH e a correlação desses indicadores com o estado nutricional de adultos residentes na área estudada. Os resultados das análises revelam que as regionais mais pobres apresentaram maior prevalência de adultos acima do peso e menor densidade de equipamentos públicos que comercializam FH. Portanto, há uma negligência ao princípio da equidade, tendo em vista o comportamento mercadológico na distribuição dos equipamentos públicos beneficiando em maior proporção aqueles já privilegiados pelo sistema alimentar neoliberal.
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