O estudo tem como objetivo analisar os desafios de se empreender no segmento da economia criativa, considerando as características empreendedoras necessárias no âmbito das competências, da educação, bem como das políticas públicas de apoio ao segmento. A construção teórica resgata conceitos e caracterização da economia criativa; características empreendedoras (competências e educação); políticas públicas de apoio ao segmento e empreendedorismo feminino. Foi realizado um estudo de caso, por intermédio de oito entrevistas junto a empreendedoras do segmento criativo em Belo Horizonte. Os resultados apontam que empreender nesse segmento potencializa o desenvolvimento econômico e social, por meio do estímulo às ideias e processos transformadores. Identificaram-se também competências empreendedoras na maioria das entrevistadas, contudo há que se pensar em novos modelos de educação empreendedora, bem como na premência de estruturação de políticas públicas para o avanço econômico desse segmento. Os desafios enfrentados são múltiplos, exigindo das empreendedoras uma capacidade de assumir riscos; de gerir eficazmente a empresa; saber aproveitar as oportunidades; incluir processos inovadores em suas produções; identificar fornecedores estratégicos; captar e gerir recursos financeiros; capacitar-se profissionalmente; promover ações de marketing; buscar formas de captar recursos além dos incentivos governamentais; trabalhar em rede e buscar parcerias; criar bens e serviços sustentáveis e inclusivos, permitindo uma transformação na e para a sociedade, além de fortalecer suas capacidades para lidar com características de singularidade, simbolismo e intangibilidade. Espera-se contribuir por meio deste estudo com subsídios para se repensar e ressignificar a gestão no setor pesquisado.
O câncer de mama (CAM) é um dos principais responsáveis pela morbidade e mortalidade no mundo (WHO, 2014a) por, na maioria das vezes, ser identificado nas mulheres quando já está em estágio avançado. Neste cenário, as campanhas de prevenção podem contribuir para que as mulheres de todas as idades possam prevenir a doença e identificar os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença. Com isso, objetiva-se analisar as percepções das mulheres jovens a respeito das ações de marketing social para a prevenção do câncer de mama. Para isto, baseou-se nas ações de prevenção do CAM sob a perspectiva do marketing social e da prevenção primária e secundária. Trata-se de uma pesquisa descritiva qualitativa, cuja coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com nove mulheres jovens, com menos de 50 anos, diagnosticadas com CAM. A partir da análise de conteúdo os dados foram categorizados e viu-se uma insatisfação das entrevistadas quanto à clareza de informações sobre a doença; à baixa periodicidade das campanhas de prevenção; à insatisfação com as ações governamentais, bem como à disponibilidade de maquinários para prevenção e tratamento; e às orientações de rastreamento por mamografia apenas para mulheres acima de 50 anos.
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