O objetivo deste estudo é avaliar as relações entre o efeito da refletância solar das superfícies urbanas na temperatura do ar. Foram simulados 12 cenários paramétricos com diferentes níveis de refletância solar das superfícies de fachada, pavimentação e cobertura com um modelo ENVI-met validado de Balneário Camboriú-SC. Os resultados mostram que as superfícies de alta refletância solar contribuem para reduzir a temperatura do ar. Nas áreas mais adensadas, a refletância solar das fachadas exerce maior variação de temperatura. As superfícies de cobertura e pavimentação são mais relevantes em espaços urbanos com maior fator de visão do céu.
A utilização de superfícies frias é uma das estratégias sugeridas para reduzir o aquecimento urbano. O objetivo deste trabalho é analisar o impacto de materiais com refletância solar elevada sobre os fluxos de radiação de ondas curtas. O método consiste na simulação computacional de dois cenários de refletância solar pelo modelo ENVI-met validado na cidade de Balneário Camboriú. A análise dos resultados em cânions urbanos com geometrias distintas mostra que a alta refletância solar do entorno está associada a uma redução das temperaturas superficiais e, ao mesmo tempo, ao aumento da radiação solar incidente nos cânions.
O clima urbano é influenciado por características morfológicas e de uso e ocupação do solo. Aspectos como grau de verticalização, presença de vegetação e adensamento urbano influenciam diretamente sobre variáveis climáticas, gerando microclimas diferenciados na área urbana. Em relação ao conforto ambiental humano, a possibilidade de se prever fenômenos do clima urbano orienta decisões projetuais arquitetônicas e urbanísticas. Esta pesquisa teve por objetivo analisar diferenças térmicas intraurbanas a partir de dados meteorológicos coletados em estações amadoras participantes da rede Weather Underground, localizadas em diferentes zonas climáticas locais (Local Climate Zones - LCZs) em Londres, Inglaterra. Utilizaram-se dados meteorológicos de dez estações distribuídas nos eixos leste-oeste e norte-sul. Avaliou-se se as variações nos microclimas são significativas o bastante para suprir a demanda de energia para aquecimento e resfriamento de edificações, por meio do somatório de graus-hora de aquecimento e resfriamento para cada ponto. Pela análise do perfil longitudinal das temperaturas, a pesquisa constatou a formação de ilhas de calor nos locais com maior intensidade de uso e ocupação e menor cobrimento vegetal. Com relação à demanda por climatização artificial, notaram-se diferenças consideráveis em função da LCZ de cada ponto.
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