Research on public opinion towards affirmative action shows that citizens often support the principle of equality while simultaneously rejecting policies that promote it in a pattern described as the “principle‐policy puzzle.” The scholarship also shows that ideology and prejudice towards the targeted group explain the puzzle with respect to racial affirmative action. In this article, we use unique survey questions included in the 2014 round of the AmericasBarometer in Brazil to show that citizens tend to support electoral gender quotas while rejecting gender‐based egalitarianism in a reversed version of the “principle‐policy puzzle.” We argue that a different type of gender attitudes, namely benevolent sexism, shapes support for gender quotas as well as for the principle of equality. While benevolent sexists tend to reject gender equality based on views about gender complementarity and stereotypes about women's purity, they also support quotas as policies to foster such values. Our findings suggest that even though the political and scholarly debates can provide sound normative reasons for the adoption of quotas across different contexts, public support for them often relies on paternalistic views and expectations about the role of women in politics.
RESUMO Este artigo procura mobilizar a ideia honnethiana de reconhecimento para refletir sobre a questão racial no Brasil. Enfoca-se, especialmente, em como a noção de reconhecimento ideológico (ou distorcido) ajuda a compreender o ambivalente legado de Gilberto Freyre, que ressignifica o lugar de negros e negras na sociedade, sem descortinar-lhes, contudo, chances efetivas e sistemáticas de autorrealização. Com isso, questiona-se a ideia de que a abordagem de Axel Honneth estaria limitada a propor uma valorização simbólica de coletivos, que não alteraria padrões institucionalizados de subordinação social. Honneth, ao contrário, pretende renovar os alicerces da teoria crítica, oferecendo tanto uma maneira de realizar diagnósticos de opressões históricas, quanto caminhos para pensar uma emancipação efetivamente possível nos quadros da sociedade existente. Sua perspectiva não reduz os processos de formação do self a uma empreitada privada e pré-política, mas evidencia sua centralidade para compreender os conflitos que movem as gramáticas morais que balizam as interações sociais.
Neste artigo, examinamos a permeabilidade das fronteiras simbólicas raciais a partir da identificação e análise de atitudes referentes: (1) ao preconceito; (2) à mistura racial e (3) ao apoio às políticas de cotas. Mais especificamente, exploramos a hipótese de que as opiniões posicionais dos pardos, em virtude da sua localização intermediária no espectro de cor brasileiro, são marcadas por uma flutuação entre os padrões adotados por brancos e por pretos. Verificamos que há convergência atitudinal entre os grupos raciais, com exceção da discriminação racial, temática na qual brancos e pardos assumem padrões similares. Este resultado fortalece a visão dos indivíduos pardos como negociadores de fronteiras – seja ao se distanciar dos pretos, como no racismo, ou se aproximar deles, como no caso das cotas – em consonância com as identidades e interesses implicados em sua posição no continuum de cor.
This paper aims at understanding the strength of the main arguments of the racial democracy myth and its application on shaping Brazilian college students' opinions on the adoption of affirmative actions on public universities. Through an experiment embedded in a survey, we look at the attitudes towards racial and social quotas expressed by college students from the University of Brasília and the Federal University of Minas Gerais, both public institutions in
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