INTRODUÇÃO: A pandemia de coronavírus trouxe impactos socioculturais, econômicos, políticos e epidemiológicos em escala global, impondo mudanças nos hábitos e rotinas. Com o isolamento social imposto pelas autoridades, houve alteração na oferta dos cursos de graduação, interferindo diretamente na rotina acadêmica. OBJETIVOS: Apresentar os desafios e adaptações de uma Liga Acadêmica de Clínica Médica (LACM) ao período de pandemia de Coronavírus no Brasil. MATERIAIS E MÉTODOS: Esse artigo baseia-se na análise de uma experiência de atividade extracurricular promovida pela LACM frente ao cenário de isolamento social imposto pela pandemia. RESULTADOS: Com a inviabilização da prática clínica, ao participar das discussões de casos propostas pela LACM, percebe-se que o estudante mantém um papel ativo no seu processo de aprendizagem. Além disso, as atividades estimularam a manutenção de hábitos favoráveis para o estudante como a integração com colegas, o desenvolvimento de habilidades pessoais e a manutenção de uma rotina acadêmica, diminuindo o tempo ocioso. CONCLUSÃO: Ao dispor de ferramentas tecnológicas, a LACM não só estimulou o desenvolvimento do raciocínio clínico necessário para a atuação do médico generalista, como também impactou positivamente no bem-estar dos estudantes durante a período de pandemia de Coronavírus no Brasil.

Objetivo: Identificar e descrever os subtipos do AVC isquêmico numa população de pacientes atendida em unidade de urgência e emergência. Métodos: Estudo retrospectivo de corte transversal, dos pacientes admitidos consecutivamente na Fundação Baiana de Neurologia de junho de 2017 a dezembro de 2019 com o diagnóstico de AVC isquêmico agudo. Analisamos os subtipos do AVC utilizando a classificação do Oxfordshire Community Stroke Project, os dados demográficos e as comorbidades. Resultados: Dos 1.115 pacientes admitidos com diagnóstico de AVC, 984 (88,25%) deles foram do tipo isquêmico. A média de idade foi de 65.9 ±14 anos e 53,5% eram do sexo feminino.  Hipertensão foi o fator de risco mais frequente (73,8 %), entretanto não houve diferença significativa entre os diversos subtipos do AVC.  Identificamos 39,70% de PACI (infarto parcial da circulação anterior), 35,10% de TACI (infarto total da circulação anterior), 13,20% de LACI (infarto lacunar) e 12,10% de POCI (infarto da circulação posterior). Encontramos associação estatisticamente significante entre o subtipo PACI e a presença do diabetes mellitus (p = 0,028). Conclusão: O infarto parcial da circulação anterior (PACI) foi o subtipo mais frequente do AVC isquêmico e esteve associado com a presença do diabetes mellitus.

INTRODUCTION: Headache is defined as a pain in the cephalic segment, and is the fourth cause of demand for emergency care. In Brazil, 98% of women and 95% of men will suffer some episode during their lives. It causes physical, social, labor, and economic damage, and is the third leading cause of years lived with disability. Thus, it is relevant to investigate hospital admissions for migraine and other cephalic pain syndromes. OBJECTIVES: To analyze hospital morbidity due to migraine and other cephalic pain syndromes in Brazil between 2015 and 2019. METHODS: Epidemiological, retrospective, descriptive study, carried out through the Hospital Information System (DATASUS). Variables: sex, ethnicity, age, hospital stay, costs and deaths. RESULTS: Registered 49,508 hospitalizations for migraine and other cephalic pain syndromes from 2015-2019; predominantly women (65.7%), between 20-39 years (37.3%), 40-59 years (29.4%), which occurred mainly in the Southeast (33.1%) and South (23.6%) regions. The average cost per hospitalization was R$ 421.50. The mean hospital stay was 3.9 days, ranging from 3.1 days in the South to 4.8 days in the Northeast, with no differences between genders. There were 384 deaths, of which 56.3% were women. CONCLUSION: The morbidity profile due to cephalic pain syndromes is composed of women, aged 20-39 years, living in the Southeast region. It is important to intensify investments in prevention, diagnosis and treatment, seeking to reduce hospitalizations, the impact on the health system and to improve the patient’s quality of life.