Introdução: Dentre as dores orofaciais, a disfunção da articulação temporomandibular (DTM) apresenta alta prevalência na população mundial. A dor é a principal queixa, e o acometimento mais comum para a busca de tratamento. Sintomas como fadiga muscular, dificuldade de abertura, zumbido entre outros, podem estar associados a outras comorbidades como o distúrbio de sono e cefaléia. Não raro, as queixas psicológicas como ansiedade e depressão podem ainda atuar como fatores iniciantes, perpetuantes ou predisponentes do quadro. O diagnóstico e plano de tratamento está apoiado na anamnese cuidadosa buscando descrever detalhadamente os sintomas, duração, tipo, ou seja, todas as informações possíveis sobre o desenvolvimento e manifestação da DTM. O exame físico deve incluir a palpação dos músculos mastigatórios, avaliação dos movimentos mandibulares e região da articulação temporomandibular. Exames de imagens como radiografias panorâmica e seriada da ATM, tomografia e ressonância magnética completam o arsenal para avaliação das estruturas envolvidas. Objetivo: descrever a resolução do caso clínico de um paciente que apresenta DTM detalhando os fundamentos do diagnóstico e estabelecimento de um plano de tratamento adequado, em busca de resultados satisfatórios no tratamento proposto para o paciente. Descrição de caso clínico: o diagnóstico do caso clínico em questão foi iniciado pela aplicação da anamnese detalhada utilizando o questionário “RDC” – Critério Diagnóstico para Pesquisa, posteriormente foi realizado o exame físico minucioso e a avaliação das radiografias panorâmica e seriada da ATM. O diagnóstico estabelecido foi de dor miofascial com espalhamento. Após o diagnóstico definitivo de disfunção temporomandibular, foi instituído um tratamento multidisciplinar para a resolução dos sinais e sintomas da paciente, e melhora na sua qualidade de vida. Um adequado diagnóstico e um minucioso planejamento são etapas cruciais para o sucesso em reabilitações protéticas envolvendo pacientes com sinais e sintomas de DTM. Por apresentar uma etiologia multifatorial as DTMs devem ser abordadas de maneira multidisciplinar.Descritores: Bruxismo; Bruxismo do Sono; Dor; Articulação Temporomandibular.ReferênciasMerskey H, Bogduk N. Classification of chronic pain. Descriptions of chronic pain syndromes and definitions of pain terms. 2.ed. Seattle: IASP Press; 1994.Siqueira JTT, Teixeira MJ. Dor orofacial: diagnóstico, terapêutica e qualidade de vida. Curitiba: Maio Editora;2001.Oliveira AS, Bermudez CC, Souza RA, Souza CMF, Dias EM, Castro CES et al. Impacto da dor na vida de portadores de disfunção temporomandibular. J Appl Oral Sci 2003;11(2):138-43.Fujarra FJC. Disfunção temporomandibular e síndrome fibromiálgica: caracterização de amostra segundo critérios clínicos [dissertação]. São Paulo: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo;2008.Oliveira W. Disfunção temporomandibular, São Paulo: Artes Médicas;2002.Quinto CA. Classificação e tratamento das disfunções temporomandibulares: qual o papel do fonoaudiólogo no tratamento dessas disfunções. Rev Cefac. 2000;2(2):15-22.Wright IJ, Deary IJ, Geissler PR. Depression, hassles and somatic symptoms in mandibular dysfunction syndrome patients. J Dent. 1991;19(6):352-56.Sousa MLR, Mashuda CS, Sato JE, Siqueira JTT. Effects of acupuncture in adults with temporomandibular disorders. Rev Dor. 2014;15(2):87-90.Bérzin MGR. Características da formação profissional: prática clínica e perfil biopsicossocial de cirurgiões-dentistas e médicos que atuam na área de dor orofacial [tese]. Piracicaba: Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas;2007.Warren MO, Frield JL. Temporomandibular disorders and hormones in women. Cells Tissues Organs. 2001;169(3):187-92.Schmid-Schwap M, Bristela M, Kundi M, Piehslinger E. Sex-specific differences in patients with temporomandibular disorders. J Orofac Pain. 2013;27(1):42-50.Cairns BE. Pathophysiology of TMD pain: basic mechanisms and their implications for pharmacotherapy. J Oral Rehabil. 2010;37(6):391-410.Bereiter DA, Okamoto K. Neurobiology of estrogen status in deep craniofacial pain. Int Rev Neurobiol. 2011;97:251-84Castro CES. A formulação linguística da dor - versão brasileira do questionário McGill de dor [dissertação]. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos;1999.Kata T, Thie NM, Huynh N, Miyawaki S, Lavigne GJ. Topical review: sleep bruxism and the role of peripheral sensory influences. J Orofac Pain. 2003; 17(3):191-213.
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