O artigo apresenta reflexões iniciais de pesquisa que discute a categoria conceitual bebês na área da Educação. O recorte emerge da leitura de entrevistas semiestruturadas realizadas com um grupo de mulheres-mães e indaga: o que suas narrativas permitem compreender sobre olhares e concepções sobre ser bebê? Escutar mulheres-mães mobiliza a circularidade de sentidos e apostas que apontam a necessidade da sociedade, de modo mais estrutural, assumir a prerrogativa de que é preciso incluir os bebês (Ploennes, 2014). Gottlieb (2012), Scavone (2001; 2004), Rezende (2015), referendam a tessitura do trabalho.
Este texto tem como objetivo apresentar refexxes que visam compreender o bebê como categoria de análise nas Ciências Humanas. Para tanto, partimos do debate no interior do campo da Educação Infantil, por meio de revisão de literatura, na qual é possível identificar avanços no que diz respeito aos estudos sobre, com, para se pensar os bebês. Ressalta-se o caráter interdisciplinar das pesquisas que, por sua vez, contribuem para avançarmos da questão “onde estão os bebês?”, para se pensar a constituição de uma categoria conceitual bebê, que possa colaborar para o debate político, acadêmico em torno da visibilidade social do bebê como pessoa.PALAVRAS-CHAVE. Bebês. Interdisciplinaridade. Pesquisa. Ciências Humanas.
O artigo discute a relação dos bebês com o livro de literatura infantil, observando de que modo a interface com esse objeto constitui uma gestualidade própria do bebê no seu processo de imersão na cultura. Por um lado, se olha para os bebês nos seus movimentos inaugurais, exploratórios, intensos. De outro, se tem o livro como potente, por vezes sacralizado, artefato da cultura. Quais são as faces desse encontro? O que se pode aprender, inferir, ao mapear itinerários que observam corpo, ações e gestos dos bebês?
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