Este trabalho tem por objetivo colaborar nas discussões curriculares para o ensino de matemática evocando as teorias críticas e pós-modernas como forma de questionamento das tradições de conteúdo e metodologias. Considera-se a atualidade da pandemia mundial provocada pelo vírus COVID-19 e os poucos ou inexistentes debates para a construção da Base Nacional Comum Curricular e a Reforma do Ensino Médio, que no momento colocam em xeque o êxito das propostas diante da fragilidade dos sistemas educacionais públicos no que concerne às ferramentas e conhecimentos para aulas e ensino remoto. Apresenta-se, outrossim, atividade remota no ensino de matemática como forma de ilustrar possibilidades.
As recentes alterações na legislação nacional acerca da formação de professores (Resolução 02/2019 - BNC-Formação) suscitam diversos questionamentos sobre qual docente queremos formar, assim como a formação de professores de Ciências envolve desafios específicos à disciplina. Ao considerar o âmbito do pensamento de Michel Foucault, podemos identificar importante catalisador e indutor às discussões teóricas sobre o tema da formação docente. Assim, neste trabalho realizamos uma análise de legislação recente e uma obra teórica de necessidades formativas ao professor de Ciências suscitando pensamentos foucaultianos com o objetivo de instigar reflexões sobre sua formação e prática docente diante do que se espera em nossa profissão. Concluímos haver poucos pontos de convergência entre os contextos analisados (documentos e necessidades formativas) e também, que os questionamentos foucaultianos podem constituir importantes meios pelos quais surjam as necessárias reflexões e possíveis resistências às regras estatais.
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