Descolamento seroso tardio e recorrente da coróide após trabeculectomia: relato de caso Descritores: Trabeculectomia/efeitos adversos; Mitomicina; Doenças da coróide/etiologia; Hipotensão ocular; Recidiva; Relatos de casos [Tipo de publicação] O presente caso refere-se a um paciente do sexo masculino, de 85 anos de idade, com catarata senil e glaucoma primário de ângulo aberto avançado nos dois olhos, não controlado com medicação máxima, hialose asteróide no OD e degeneração macular relacionada à idade no OE, submetido a facotrabeculectomia em ambos os olhos com mitomicina C. Diante da falência da cirurgia nos dois olhos, mesmo após lise de suturas com laser de argônio, uso de 5-fluorouracil e agulhamento, foi necessário prescrever novamente hipotensores oculares. Com a combinação fixa timolol 0,5% + dorzolamida 2%, o paciente apresentou descolamento seroso coroidiano bilateral com marcante hipotonia; e com brinzolamida 1% o quadro ocorreu apenas no olho esquerdo. Suspensos os colírios, a pressão intraocular se elevava e o descolamento da coróide regredia completamente. O agulhamento associado às aplicações de 5-fluorouracil resolveu a hipertensão ocular. RESUMO RELATOS DE CASOS INTRODUÇÃODescolamento seroso da coróide após uma cirurgia fistulante é uma ocorrência comum no pós-operatório imediato (1) , geralmente pequeno, benigno e tende à regressão espontânea. Já o descolamento seroso tardio da coróide após trabeculectomia é um evento raro. Frequentemente decorre de hipotonia consequente à filtração excessiva ou vazamento na ampola filtrante, particularmente quando é isquêmica e de parede fina, como frequentemente se observa após o uso de mitomicina C. Mais raro ainda é a ocorrência de descolamento seroso tardio da coróide após trabeculectomia, ou qualquer outra cirurgia fistulante, na ausência daquelas condições predisponentes, idiopática ou pelo uso de hipotensores oculares: tópicos e sistêmicos. Neste último caso, o quadro regride completamente pela suspensão das drogas, ou suspensão das mesmas associada à drenagem cirúrgica.Portanto, o conhecimento desta possibilidade é fundamental para que o médico tome a única medida eficaz para resolver o problema, que é a suspensão dos hipotensores oculares. RELATO DO CASOERO, sexo masculino, 85 anos de idade, pardo, portador de glaucoma primário de ângulo aberto avançado e catarata senil bilaterais, hialose asterói-de intensa no olho direito (OD) e degeneração macular relacionada à idade
RESUMOO fosfato de cloroquina é uma droga largamente utilizada no tratamento de doenças crônicas de autoagressão, mais comumente no controle da artrite reumatóide, do lupus eritematoso discóide ou disseminado, da porfiria cutânea, da urticária solar e outras afecções dermatológicas. Embora a incidência de toxicidade retiniana por esta droga seja baixa, mesmo com o emprego da dose máxima recomendada, sua ocorrên-cia tem grande relevância por acometer a região macular com importante e irreversível comprometimento visual.Trata-se no presente caso de uma paciente de 44 anos, portadora de artrite reumatóide há 19 anos, que fez uso de fosfato de cloroquina na dose de 250 mg/dia durante dois períodos de 4 e 3 anos, intercalados por um período de 8 anos em que usou methotrexate. Ao final do segundo período de uso da cloroquina, foi observada a maculopatia, a partir de quando a droga foi definitivamente substituída por methotrexate e prednisona. Por seu caráter típico e conspícuo, a maculopatia em questão se presta muito bem para ilustrar os achados dos principais métodos propedêuticos que devem ser empregados para caracterizá-la, inclusive a tomografia de coerência óptica.Descritores: Artrite reumatóide/efeito de drogas; Cloroquina/efeitos adversos; Cloroquina/toxicidade; Mácula lútea; Relatos de casos
RESUMOInfecção intraocular é a mais dramática e temível complicação após uma trabeculectomia, com sequelas anatômicas significativas e grave comprometimento funcional, por vezes irreversíveis. Trata-se no presente caso de um paciente do sexo masculino, portador de glaucoma congênito, submetido à trabeculectomia bilateral aos 13 anos de idade, e uma segunda trabeculectomia com mitomicina C aos 32 anos no olho direito (OD), que se apresentou 8 anos após o procedimento com endoftalmite neste olho. Após tratamento anti-inflamatório e antibioticoterápico, tópico e intravítreo, intensivos, o processo foi controlado, restando um olho hipotrófico e amaurótico com catarata e descolamento de retina totais.
A fosseta de disco óptico é uma anomalia congênita rara descrita pela primeira vez em 1882 por Wiethe (1) . Tal anomalia foi atribuída a um fechamento imperfeito da fissura embrionária (2) . Embora congênita em sua grande maioria, a mesma também pode ser adquirida (3)(4)(5) . Dentre as complicações associadas à fosseta do disco óptico encontra-se o descolamento seroso macular (6) , cuja patogênese ainda é desconhecida, apesar de que alterações vítreas são postuladas como as grandes responsáveis pelo mesmo (7) . Alterações de campo visual também foram correlacionadas às fossetas do disco óptico, inclusive escotomas arqueados e paracentrais (3)(4) . Observa-se ainda uma maior prevalência da fosseta do disco óptico em portadores de neuropatia óptica glaucomatosa (3) . O presente caso trata de uma fosseta dupla unilateral do disco óptico, ocorrência esta muito rara na literatura mundial. APRESENTAÇÃO DO CASOTrata-se de um paciente do sexo masculino, 72 anos de idade, natural e residente em Belo Horizonte, com uma histó-ria de baixa acuidade visual no olho esquerdo de longa data. Negava comorbidades, e relatava ter uma irmã com glaucoma. Encontrava-se em acompanhamento na unidade de catarata e glaucoma da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte há cerca de 1 ano, onde fora prescrito maleato de timolol 0,5% em ambos os olhos, colírio este que o paciente vinha instilando até a presente avaliação. Sua melhor acuidade visual era 20/30 no olho direito (OD) com +2,00~ -0,75x65°, e 20/50 no olho esquerdo (OE) com +0,25~ -0,75x75°. À biomicroscopia, observava-se leve opacificação cristaliniana e câmara anterior profunda em ambos os olhos . A pressão intraocular (PIO) era 11 mmHg no OD e 12 mmHg no OE às 14 horas com maleato de timolol 0,5% nos dois olhos, e a espessura corneana central média ultrassônica 523 μ e 526 μ, respectivamente, no OD e OE. À oftalmoscopia, os discos ópticos eram bem corados e a camada de fibras nervosas da retina exibia estriação normal. As escavações papilares eram ao redor de 0,5 V x 0,5 H no OD, com discreto estreitamento da rima neural superior, e 0,6 V x 0,5 H no OE com uma fosseta nasal e outra temporal, esta maior e mais profunda que a primeira (Figura 1-A). No polo posterior do OE havia ainda uma atrofia do epitélio pigmentar, inclusive na região macular, achados estes confirmados na angiofluoresceinografia. Na campimetria computadorizada, realizada com o Octopus 1-2-3 (estratégia TOP/Normal, 30-2), observou-se no olho esquerdo alguns escotomas relativos paracentrais temporais e outros absolutos mais periféricos, inclusive conectados à mancha cega (Figura 1-B). No olho direito, este exame encontrava-se dentro da normalidade.O colírio hipotensor (maleato de timolol 0,5%) foi então suspenso em ambos os olhos, e o paciente submetido a uma tomografia de coerência óptica (Stratus OCT 3), que demonstrou um leve aumento da espessura da camada de fibras nervosas no setor de 3 h no olho esquerdo, e diâmetro horizontal aumentado do disco óptico deste mesmo olho (2,01 mm) em relação ao OD (1,5 mm) ...
RESUMOObjetivo: Avaliar comparativamente a pressão intraocular (PIO) antes e após 1 dia, 3 dias, 1 semana, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano, em olhos normais submetidos à facoemulsificação. Métodos: Análise retrospectiva da pressão intraocular (medida pelo tonômetro de aplanação de Goldmann) de 221 olhos normais de 133 pacientes submetidos à facoemulsificação sem intercorrências. A PIO foi avaliada antes e após a facoemulsificação (1dia, 3 dias, 1 semana, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano), e os valores encontrados nestes períodos foram submetidos a uma análise comparativa. Resultados: A PIO média foi de 16,06±2,69 mmHg no pré-operatório; 18,76±5,96 mmHg após 1 dia; 14,82±4,08 mmHg após 3 dias; 14,03±3,06 mmHg após 1 semana; 13,88±3,26 mmHg após 1 mês; 12,74±2,45 mmHg após 3 meses; 12,74±2,01 mmHg após 6 meses; e 13,24±2,77 mmHg após 1 ano. A PIO aumentou 18,9% após 1 dia; diminuiu 6,9% após 3 dias; 12,3% após 1 semana; 12,5% após 1 mês; 19,3% após 3 meses; 20,1% após 6 meses; e 19,9% após 1 ano. Conclusão: A cirurgia de facoemulsificação sem intercorrências leva a uma redução significativa da PIO em olhos normais. A diminuição da PIO é mais acentuada naqueles pacientes que apresentam PIO mais alta no pré-operatório.
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