A poluição por mercúrio e águas ácidas tem sido reconhecida em muitas áreas do mundo por interferir na saúde dos organismos. Assim sendo este trabalho tem por objetivo investigar os efeitos da interação de mercúrio inorgânico e água acidificada em um peixe nativo. Exemplares do peixe Metynnis roosevelti foram expostos aos agentes tóxicos mercúrio inorgânico (0,1 mgHg/L), água acidificada com ácido sulfúrico em pH 5,0 e a estes em conjunto, permanecendo 2, 4, 8, 24, 48 e 96 horas em exposição. Os animais tiveram os tecidos branquial e hepático retirados e fixados para serem estudados através de microscopia óptica e eletrônica de varredura. As histopatologias observadas no tecido branquial sob o efeito de água acidificada, mercúrio e mercúrio em água acidificada foram: enrugamento epitelial, núcleos picnóticos, degeneração celular, células com formatos irregulares, constricção dos espaços sangüíneos, grânulos eosinofilicos, hiperplasia, diminuição das microssaliências das células epiteliais das lamelas primárias e ruptura epitelial. As histopatologias separação do epitélio lamelar e congestão sangüínea foram observadas em exposição ao mercúrio e mercúrio em água acidificada. As histopatologias hepáticas foram: vacuolização citoplasmática, degeneração celular, necrose celular, inchaço celular, grânulos eosinofilicos nas hemácias e grânulos amarelo-marrons noa hepatócitos. A intensidade das histopatologias observadas foi mais intensa na exposição do peixe Metynnis roosevelti ao mercúrio inorgânico em água acidificada. Desta forma podo-se concluir que, mesmo todos os agentes tóxicos estando em níveis subletais, o efeito do mercúrio foi potencializado em um ambiente ácido.
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