Este estudo tem como objetivo analisar as hospitalizações por sífilis e HIV/aids nas regiões de saúde da Bahia, segundo aspectos temporais e espaciais, no período de 2008 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico misto, realizado com dados de internações do Sistema de Informações Hospitalares (SIH). Os aspectos populacionais e de raça/cor foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A análise descritiva dos dados e a estimativa de tendência temporal foram executadas por meio do modelo de regressão linear simples com correção de Prais-Winsten. Houve 372 internações por sífilis, com prevalência entre os jovens de 18 a 28 anos (32,5%) e da raça/cor negra (89,6%). As maiores taxas de sífilis foram encontradas nas regiões de saúde de Itabuna, Ilhéus, Paulo Afonso e Salvador. Quanto à tendência temporal, o comportamento da sífilis foi estatisticamente significante (p-valor < 0,05). Para HIV/aids, foram contabilizadas 10.281 internações, com destaque para os sujeitos de 29 a 39 anos (39,0%) e para a raça/cor negra (86,8%). Houve prevalência das taxas médias nas regiões de Salvador, Camaçari, Teixeira de Freitas e Seabra. Porém, não houve significância estatística para a tendência temporal de HIV/aids (p-valor > 0,05). Nota-se a vulnerabilidade dos jovens negros em relação às infecções estudadas nas regiões de saúde da Bahia. Esses achados podem ser relacionados ao comportamento sexual, bem como à falta de acesso a informações, métodos de prevenção e serviços de saúde a partir da atenção básica.
Aproximadamente 70% do nosso planeta é ocupado por águas, que em sua grande maioria formam os nossos oceanos. Além de nos encantar com sua beleza, o mar com seu movimento vertical rigorosamente regular, impulsionado pelas forças gravitacionais, vem sofrendo perturbações cada vez mais intensas, ocasionando sua elevação em virtude de diversos fatores, principalmente ambientais e climáticos. Parte integrante de um dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima), agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas, composta por 17 objetivos e 169 metas a serem atingidas até 2030, o aumento do nível médio do mar vem preocupando autoridades governamentais, não governamentais e pesquisadores há algum tempo, principalmente quando os cenários futuros não são nem um pouco animadores. Esses riscos são ainda mais acentuados quando nos referimos as regiões costeiras, pois as consequências são sentidas de uma forma muito mais direta e acentuada, tais como: erosão das praias, inundações costeiras, perda de ecossistemas, entre outras, impactando tanto do ponto de vista socioeconômico quanto ambiental. Com o intuito de contribuir com pesquisas relacionadas ao tema, por meio de técnicas bibliométricas, o referente estudo analisou 35 artigos entre os anos de 2009 e 2021 extraídos da base de dados Scopus com a aplicação de métodos matemáticos e estatísticos como forma de avaliar quantitativamente essas pesquisas, entre elas: tendências históricas e geográficas, principais periódicos e instituições, características de palavras-chave e análise de rede de citações. O objetivo é ter um panorama geral de como o tema “nível médio do mar” vem sendo estudado ao longo do tempo e suas relações com seus fatores perturbadores, tais como a subsidência da terra e fatores climáticos, que técnicas estão sendo utilizadas e quais os principais achados.
Fatores de ordem política, social e econômica têm motivado governantes e pesquisadores a monitorar e estudar o comportamento do nível do mar. Com a elevação deste nível, estima-se que em 2070 150 milhões de pessoas estariam em risco e uma riqueza avaliada em 35 trilhões de dólares ameaçados nas 136 maiores cidades portuárias do mundo. Para a engenharia, o nível médio do mar tem fundamental importância na determinação do datum altimétrico de um país. Neste trabalho foram utilizados os dados coletados pela Estação Maregráfica de Salvador no período de 2009 a 2015 com o objetivo de avaliar o comportamento temporal do nível médio do mar neste local, detectar e quantificar movimentos verticais de origem não oceânica que tendem a degradar e mascarar a qualidade desses dados. Rotinas computacionais foram desenvolvidas no intuito de detectar e corrigir inconsistências nesta série. Métodos estatísticos de regressão, além do DFA e ρDCCA foram utilizados para analisar o comportamento da série, sua persistência ao longo do tempo e quantificar o nível de correlação cruzada entre a série maregráfica e as redes geodésicas ativas e passivas do IBGE. Os resultados mostraram a importância na análise e correção dos dados para fins de determinação do nível médio do mar por apresentar diferenças numéricas, mas qualitativamente não houve diferença significativa, visto o universo de pontos analisados. Nossos achados apontam que o nível do mar está subindo e, além disso, este cenário tende a continuar por um longo período.
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