Este artigo visa expor algumas relações entre arte e psicanálise a partir da Teoria Crítica da Escola de Frankfurt. A psicanálise é uma teoria que possui elementos para iluminar não apenas o momento do artista no processo de elaboração da arte, mas também para apontar como a arte se encontra enredada em dificuldades, como a ameaça de se transformar em mera mercadoria, como mais um meio da indústria cultural. Por outro lado, às vezes a psicanálise é usada seguindo as tendências das reduções biográficas que dão ao artista a total responsabilidade por sua obra, quando a sociedade também se faz presente em sua composição. A psicanálise como ciência ainda pode deixar para trás achados importantes que a arte traz a tona, pois esta é considerada menos fiel à descrição do indivíduo e de sua relação com a sociedade: quem quiser saber sobre o psiquismo não recorrerá a artistas que tem muito a falar sobre ele, mas à ciência que se consolida como a mais apropriada para tal, e que encerra a arte na sombra de seus conceitos.
O texto busca refletir acerca de alguns impasses que os museus enfrentam hoje em meio ao uso das chamadas tecnologias digitais no intuito de favorecer sua comunicação com seu público. Para isso, considera-se tanto o museu em sua forma tradicional como também as suas novas configurações no âmbito virtual das redes de computadores. Procura-se evocar os conceitos de mediação e de experiência, com base nas reflexões de Adorno e Benjamin, que podem contribuir para pensar a situação dos museus e as questões inerentes à chamada Era Digital.
O fluxo contínuo de informações na vida cotidiana e as mudanças na forma de aprender e ensinar devido à difusão de tecnologias tornaram relevantes os estudos do impacto dessas transformações no campo educacional. O presente estudo busca compreender o modo como o uso de recursos tecnológicos, nas esferas doméstica e escolar, influencia o processo de escolarização e formação do estudante. Foi realizada pesquisa bibliográfica em que foram estudados alguns dos limites da possibilidade da tecnologia ser uma aliada no processo de formação. A análise e a interpretação do material disponível permitem inferir que o uso de recursos tecnológicos, seja no contexto familiar, seja no escolar, deve estar estreitamente relacionado a uma ideia de formação humana para a autonomia e não apenas de escolarização para uma formação técnica. Vê-se que os recursos tecnológicos têm se tornado novos meios da indústria cultura, que tende a transformar cultura em mercadoria, e seu uso na vida cotidiana precisa ser refletido com cuidado, já que contribui para a semiformação. Pais e professores desempenham importantes papéis no processo de formação, visto que são mediadores capazes de propiciar autonomia ao estudante. Os pais não são meros impositores de regras, assim como os professores devem desempenhar seu papel para além da transmissão de conteúdos. Cabe, assim, pensar os efeitos do uso dos recursos tecnológicos na vida de crianças e jovens para fornecer subsídios aos pais e professores de forma a poderem promover o uso racional da tecnologia na educação escolar e na formação dos estudantes.
Este trabalho apresenta aspectos da visão multifatorial da etiologia do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), compreendendo a complexidade geral do transtorno e a possibilidade de trabalho transdisciplinar, focando no que a psicanálise pode oferecer na intervenção a bebês que apresentam sinais de risco para TEA e analisando duas situações (uma clínica, outra metafórica) da prática clínica psicanalítica. A discussão teórica foi desenvolvida através de levantamento bibliográfico com enfoque na intervenção psicanalítica com bebês em risco de TEA, e a análise foi estruturada em técnicas documentadas. Conclui-se que a intervenção psicanalítica com bebês em risco de TEA é importante para a não instauração do quadro clínico e pode contribuir para a estruturação do aparelho psíquico necessário para emersão do sujeito.
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