RESUMO Objetivo Avaliar a eficácia da memantina no tratamento das perturbações da ansiedade. Métodos Foi realizada uma revisão sistemática na Medline, outras bases de dados baseadas na evidência e Índex das Revistas Médicas Portuguesas, nos últimos 10 anos, em inglês, espanhol e português, utilizando os seguintes termos “MESH memantine”, “treatment” e “anxiety disorders”. Para avaliar a qualidade dos estudos e a força de recomendação, foi utilizada a escala de Strength of Recommendation Taxonomy da American Family Physician. Resultados Obtiveram-se 131 artigos, dos quais seis cumpriam os critérios de inclusão: dois ensaios clínicos aleatorizados e controlados (ECAC), uma revisão sistemática (RS), uma norma de orientação clínica (NOC) e dois ensaios clínicos não controlados (ECNC). A NOC não recomenda o uso de memantina no tratamento da perturbação generalizada da ansiedade (PGA) (SOR C), mas recomenda o uso da memantina como tratamento adjuvante de segunda linha na perturbação obsessivo-compulsiva (POC) e como terceira linha na perturbação do estresse pós-traumático (SORT C). Os dois ECAC sugerem que o tratamento adjuvante com memantina melhorou a sintomatologia dos pacientes com POC severa. A RS revelou que o uso da memantina tem alguns benefícios na diminuição dos sintomas da POC. Os dois ECNC sugerem que a memantina pode ser eficaz como tratamento adjuvante em pacientes sintomáticos apesar de tratamento adequado com antidepressivos convencionais. Conclusão A evidência atual sugere que o uso de memantina como adjuvante no tratamento da POC parece ser eficaz (SORT B). O uso de memantina no tratamento da PGA não é recomendado (SORT C).
RESUMOObjetivo: Rever a literatura mais recente sobre a associação entre a hiponatremia e o uso de antidepressivos. Métodos: Pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed e SciELO, com os descritores "antidepressive agents" e "hyponatremia", incluindo artigos de janeiro de 2006 a maio de 2016. Resultados: Foram incluídos 45 artigos. A idade, o sexo feminino e a polimedicação são os fatores de risco mais relevantes, e os sintomas dependem da gravidade da hiponatremia. A hiponatremia pode ter várias causas, sendo a mais comum a síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético. Entre os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, o citalopram e o escitalopram apresentam risco superior, à semelhança da venlafaxina. O risco de hiponatremia parece ser inferior com as classes restantes, à exceção dos inibidores da monoaminoxidase. Recomenda-se um ionograma prévio ao tratamento em doentes com mais de 60 anos e, sempre, um ionograma um mês após o seu início. O primeiro passo do tratamento é a suspensão do fármaco, revertendo a maioria dos casos leves. No entanto, o tratamento deve ser individualizado, considerando os riscos da hiponatremia e da correção. Conclusões: A hiponatremia é um efeito colateral a considerar nos doentes que tomam antidepressivos. Quando a manutenção do tratamento é necessária, deve ser evitado o mesmo antidepressivo ou outro da mesma classe, sendo opções a trazodona, abupropiona, a agomelatina, a mirtazapina e a reboxetina, porque existem poucos relatos de hiponatremia com esses fármacos. ABSTRACTObjective: Review the most recent literature about the association between hyponatremia and antidepressives' intake. Methods: Bibliographic search in PubMed and SciELO databases, with the MeSH terms "antidepressive agents" and "hyponatremia", including articles between January 2006 and May 2016. Results: A total of 45 articles have been included. Age, female sex and polymedication are the main risk factors and symptoms depend on hyponatremia severity. Hyponatremia may have several causes, being the most common the syndrome of inappropriate antidiuretic hormone secretion. Between the selective serotonin reuptake inhibitors, citalopram and escitalopram presented a bigger risk, similarly to venlafaxine. Risk of hyponatremia seems smaller with the other antidepressives' classes, with exception to
Introdução: O delirium é uma síndrome frequente, com morbimortalidade associada considerável mas potencialmente prevenível se instituídas medidas de prevenção e rastreio adequadas. No entanto, é ainda pouco conhecida e muitas vezes subdiagnosticada, principalmente na Atenção Primária à Saúde onde está muitas vezes associado a internamento recente e situações benignas facilmente corrigíveis se detetadas precocemente. O objetivo deste trabalho foi a realização de uma revisão sobre o delirium, assim como propor uma abordagem diagnóstica, terapêutica e preventiva na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Foi feita uma pesquisa bibliográfica de artigos publicados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2020, na PubMed e Scielo com o descritor “delirium” combinado com “primary health care” ou “general practice”. Resultados: Na abordagem do delirium, importa primeiro identificar indíviduos de risco, tarefa que tem por base um modelo multifactorial que conjuga fatores predisponentes e precipitantes. Em termos de métodos de rastreio, o mais usado é o Confusion Assessment Method, mas testes de avaliação da atenção ou Escala de Agitação e Sedação de Richmond podem também ser usados, sempre em associação com o exame físico completo para confirmação diagnóstica. A abordagem terapêutica e preventiva assenta essencialmente em medidas não farmacológicas que visam corrigir fatores de risco. Considerações Finais: De uma forma geral, o desenvolvimento de programas sistemáticos de formação e rastreio que envolvam uma equipa multidisciplinar, incluindo elementos da Atenção Primária à Saúde e cuidadores, podem ser a chave para o sucesso na redução da incidência do delirium e das suas consequências.
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