De etiologia desconhecida e pouco relatada em cães, a Miosite dos Músculos Extraoculares – MME, é a inflamação idiopática de um ou mais músculos extra orbitários. Em geral, apresenta sintomas como exoftalmia, podendo ser uni ou bilateral, estrabismo, protrusão da terceira pálpebra, demonstrando o cão, segundo os proprietários, a face com expressão assustada. O tratamento consiste no uso de corticosteroides em dose imunossupressora, podendo-se associar demais drogas como a azatioprina. Na hipótese, foi atendida na Unidade de Ensino e Pesquisa em Medicina Veterinária Dr. Mário Alves Ribeiro, Universidade Federal do Acre – UFAC, uma cadela SRD de 7 anos de idade, apresentando exoftalmia bilateral, dificuldade em piscar, musculatura rígida e sinais de úlcera superficial da córnea. Após exames clínicos, foi diagnosticada com miosite dos músculos extraoculares e indicado tratamento com dose imunossupressora de prednisona. No primeiro retorno, o animal ainda apresentava a sintomatologia, sendo complementado o tratamento com azatioprina por 5 dias. Após o período, o animal voltou para o segundo retorno, no qual apresentou remissão dos sintomas e melhora total. Foi realizado novo exame clínico, em que o paciente se mostrou bem e sem sinais de reincidência. O diagnóstico foi facilitado pela forma clássica de apresentação da doença e o seu tratamento com imunossupressores revelou-se efetivo.
O carcinoma de células escamosas (CCE) é a neoplasia maligna mais frequente no atendimento oncológico de caninos. É um tumor de origem dérmica que acomete cães a partir dos seis anos, essa neoplasia não tem predileção sexual para sua formação, porém cães malhados, de pelagem clara e curta estão sob maior risco, pois acredita-se que a principal causa para o desenvolvimento desta neoplasia, é a exposição à radiação solar, a qual apresenta versatilidade de áreas de acometimento, podendo se apresentar de várias formas. No cão, as formas mais frequentes são: cutâneo, digital, nasal, multicêntrico, oral e ocular/palpebral. O prognóstico em casos de CCE é variável, deve-se avaliar a localização e estágio clínico do tumor a partir do diagnóstico. Quando diagnosticado precocemente e quando há possibilidade de excisão cirúrgica completa, é considerado favorável, na expectativa de que não haja recidivas do tumor. Em casos de animais com histórico de CCE, estes devem ser privados de exposição solar, fazendo uso de protetor solar, além de reposição hídrica constante. Objetiva-se, assim, relatar o caso clínico de um cão, macho, sem raça definida (SRD), não castrado, com 12 anos de idade, atendido na Unidade de Ensino e Pesquisa em Medicina Veterinária Dr. Mario Alves Ribeiro, campus da Universidade Federal do Acre -UFAC, na cidade de Rio Branco, Acre, apresentando como queixa principal, quatro aumentos de volume em regiões diferentes. O primeiro nódulo encontrava-se em região inguinal lateral esquerda, próximo ao linfonodo inguinal, de crescimento rápido, o segundo nódulo, em região axilar com lesão ulcerada, o terceiro nódulo, localizado no coxim de membro posterior direito, e o quarto nódulo, localizado em membro posterior direito, em região patelar. O animal havia histórico de cirurgias anteriores realizadas em clínica particular, para a ressecção de dois nódulos, um localizado na região cervical, com ausência de citologia, e o segundo nódulo localizado em membro posterior lateral, região femoral, com citologia sugestiva para carcinoma de células escamosas. Através de exame histopatológico houve a confirmação do diagnóstico para CCE. Procedimentos cirúrgicos para remoção dos tumores foram realizados, e após a recuperação do animal, optouse por dar continuidade ao tratamento por meio de protocolo quimioterápico metronômico, com Carboplatina IV e Piroxicam VO. Para a lesão em coxim do membro posterior direito, iniciouse um protocolo de crioterapia, sendo realizado um total de quatro sessões, com intervalos de 30 dias entre elas. O animal segue em tratamento de acordo com as orientações da equipe responsável, bem como, fazendo acompanhamentos periódicos a cada seis meses, se mantendo estável e aparentemente saudável, com seus parâmetros dentro da normalidade. Dessa forma, conclui-se que a prevenção é a melhor forma de se evitar a doença, esta enfermidade é um desafio clínico rotineiro, portanto, quanto maior o conhecimento das formas de diagnóstico e de tratamento, melhor será a conduta. Com a detecção precoce e o diagnóstico ...
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