Resumo As restrições da pandemia desafiaram as caraterísticas de proximidade e contacto físico da Educação Física (EF), o que poderá ter levado à reinvenção da disciplina. Contudo, no contexto português, temos pouco conhecimento da medida dessas limitações, em particular na relação de interdependência entre as práticas letivas de ensino, avaliação e aprendizagem. E a reconfiguração dessas práticas não nasceu do vazio, mas decorreu de expectativas de entidades a montante, que afetaram a ação dos docentes. Porém, também se conhece pouco acerca da relação entre esse aconselhamento e a realidade do terreno, em face ao que estava previsto nos programas para condições de normalidade. Esse conhecimento será relevante para a intervenção e intencionalidade educativa do pós-pandemia e, no objetivo de preencher este vazio, implementamos uma investigação para aceder às práticas letivas de ensino, avaliação e aprendizagem aconselhadas pelas entidades representativas da EF e adotadas pelos professores, em função do período pandémico. Inscreve-se no paradigma interpretativo, com abordagem qualitativa e na modalidade de estudo interpretativo de base, com os dados recolhidos por análise documental e entrevista com guião semiestruturado e tratados por análise de conteúdo. Os resultados sugerem que as práticas letivas foram desagregadas e perderam reciprocidade; e que as expectativas das entidades foram desajustadas face às necessidades dos professores no contexto. Assim, a EF, sensível à situação pandémica, dessensibilizou-se, devido à perda de relações entre o ensino, a avaliação e a aprendizagem; e desprojetou-se, porque perdeu elementos do seu projeto curricular e a sua projeção educativa; o que pode contribuir para consolidar a marginalização da EF e aconselha à reconexão entre o ensino, a avaliação e a aprendizagem.
Education Sciences have a recent institutionalization, contemporary with influential epistemological views based on the natural and exact sciences (Popper, Kuhn, Lakatos, Feyerabend, Longino, Bourdieu and Harding). This may have led to the direct importation of principles and discourses, which suggests the need to debate such influences regarding the coherence of their meanings with the complex nature of education. For this purpose, we analyze the arguments “objectivity” and “subjectivity”, commonly mobilized in research, which some understand to be epistemic virtues. Therefore, what characterizes the “objectivity” and “subjectivity” arguments in influential epistemological proposals? What is its meaning in Educational Sciences and, in particular, in qualitative research? Methodologically, an instrumental, comparative, and reflective analysis of influential epistemologies is carried out (in terms of the meaning attributed to the objectivity and subjectivity arguments), to discuss the epistemology of Education Sciences. The results suggest different purposes and conceptions of objectivity and subjectivity, based on (a) the researcher’s neutrality in relation to social values, (b) the values that allow integration into a paradigm, (c) the retrospective look at the knowledge produced, (d) the creative capacity, (e) the representativeness of groups that may have an interest in knowledge, (f) the elements of scientific prestige and (g) the dominant/oppressed position at the origin of knowledge. This suggests questioning the virtue of the “objectivity” and “subjectivity” arguments, since they have dispersed meanings and can lead to incommensurability, when the scientific meaning of education is, on the contrary, to be situated at the confluence of various sciences and methodologies. In conclusion, it is relevant to debate the epistemic virtues of Education Sciences that support the commensurability of research, and it is proposed that this process begins in the inter-subjectivity, inter-coherence and inter-necessity that emerge from the complexity of education.
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This article portrays an investigative study on the socio-pedagogical dynamics that emerge in a situation where higher education is influenced by curricula, structures and knowledge without cultural adaptation. It uses the perception of students and former students from the Angolan higher education, in the province of Benguela, and the Grounded Theory methodology. The results indicate that students feel that learning is not meaningful and, therefore, adopt subversive dynamics of absence and memorization, which negatively influence teaching and learning. Thus, there is a need to contextualize and decolonize teaching practices and to encourage the professional development of teachers in this regard.
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