Resumo: O artigo tem como foco de reflexão a formação de uma rede social constituída através de uma mídia social da internet, a Intervoice, buscando compreender de que forma as redes sociais se integram em ofertas de ajuda mútua. Ao escolhermos como eixo de nossa abordagem a experiência vivida por ouvidores de vozes em ambientes virtuais da Intervoice, buscamos identificar a existência de uma mudança de perspectiva em relação às abordagens tradicionais da psiquiatria no que concerne ao cuidado oferecido, no sentido mais amplo, ao seu público-alvo, bem como analisar se essa mídia social favorece o processo de ajuda mútua para pessoas que ouvem vozes. Desenvolvemos uma metodologia a partir da observação das postagens da Intervoice no Facebook, de setembro de 2014 a maio de 2015. Após análise minuciosa, identificamos que o Facebook foi a mídia mais utilizada se comparada ao Twitter e YouTube. Recortamos os posts e comentários mais interessantes e pontuamos assuntos e discussões específicas, sobretudo as que tratavam de ajuda mútua. Os resultados apontam para a extrema relevância que a ajuda mútua vem ganhando nos últimos tempos, através de ambientes virtuais e redes sociais, sobretudo pela possibilidade de interação em tempo real. Palavras-chave: ouvidores de vozes; ajuda mútua; mídia e redes sociais.
O uso crescente de psicofármacos e o baixo empowerment dos usuários mostram-se críticos à qualificação da assistência em Saúde Mental no Brasil. Este estudo, abrangendo três cidades brasileiras, objetivou a elaboração do Guia Brasileiro da Gestão Autônoma da Medicação (GGAM-BR), com base na tradução e adaptação de guia desenvolvido no Canadá; e a avaliação dos efeitos do uso do GGAM-BR na formação de trabalhadores de saúde mental. Constituíram-se grupos de intervenção (GIs) para compartilhamento das experiências com tratamento medicamentoso, a partir dos temas propostos no guia; e foram realizados grupos focais antes e após os GIs. Importantes mudanças em relação ao texto original do guia Canadense foram implementadas, levando em conta a realidade brasileira. Constatou-se que o GGAM-BR constitui estratégia potente de fomento à participação ativa dos usuários na gestão do tratamento e do serviço, incidindo positivamente na formação de trabalhadores.
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