A epilepsia constitui o capítulo da Medicina que mais tem preocupado os médicos e pesquisadores; por isso, a bibliografia é riquíssima, principalmente na parte referente às manifestações clínicas e ao tratamento. No que diz respeito à sua patologia, porém, as pesquisas são escassas e suscitaram muitas controvérsias, sendo pequeno o valor que lhes tem sido atribuído.Aproveitando o grande material de que dispúnhamos no Hospital de Juqueri, estudamos, do ponto de vista anatômico, os casos clinicamente rotulados como sendo de epilepsia essencial, procurando sistematizar os achados; esse estudo permitiu verificar a existência de alterações indiscutíveis que consideramos peculiares aos cérebros de epilépticos. MATERIAL E ACHADOS ANATÔMICOSSelecionamos 82 casos de pacientes de ambos os sexos, todos clinicamente classificados como portadores de epilepsia essencial, com idades que variavam de 8 a 60 anos, sendo que, em 80% dos casos, a idade variou entre 10 e 40 anos.A observação clínica desses casos revelava que, em grande maioria, tratava-se de casos crônicos, muitos em estado demencial epiléptico. Não pudemos relacionar as alterações anatômicas encontradas nos encéfalos de pacientes epilépticos com o grau de rebaixamento mental, idade ou tempo da doença; também não pudemos relacionar os achados anatômicos com o número de crises, porque as observações nada informaram a esse respeito.Na maioria dos encéfalos de epilépticos que examinamos, existiu uma diferença volumétrica mais ou menos nítida entre os hemisférios cerebrais e cerebelares; quando visível, a assimetria cerebelar é sempre cruzada em relação à assimetria cerebral.Em muitos casos em que o exame externo dos hemisférios cerebrais nada demonstrou, a existência de assimetria cerebelar permitiu verificar, mediante reexame mais atento, a existência de asTrabalho do Hospital de Juqueri (São Paulo, Brasil), apresentado no 6.º Con-
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.