OBJECTIVE: To analyze the association between physical activity (PA) and biological maturation in children and adolescents. DATA SOURCE: We performed a systematic review in April 2013 in the electronic databases of PubMed/MEDLINE, SportDiscus, Web of Science and LILACS without time restrictions. A total of 628 potentially relevant articles were identified and 10 met the inclusion criteria for this review: cross-sectional or longitudinal studies, published in Portuguese, English or Spanish, with schoolchildren aged 9-15 years old of both genders. DATA SYNTHESIS: Despite the heterogeneity of the studies, there was an inverse association between PA and biological maturation. PA decreases with increased biological and chronological age in both genders. Boys tend to be more physically active than girls; however, when controlling for biological age, the gender differences disappear. The association between PA and timing of maturation varies between the genders. Variation in the timing of biological maturation affects the tracking of PA in early adolescent girls. This review suggests that mediators (BMI, depression, low self-esteem, and concerns about body weight) can explain the association between PA and biological maturation. CONCLUSIONS: There is an association between PA and biological maturation. PA decreases with increasing biological age with no differences between genders. As for the timing of biological maturation, this association varies between genders.
Evidências mostram que atividade física (AF) pode se associar a níveis mais elevados de consumo de bebida alcóolica. Assim, esse estudo teve como objetivo verificar se existe ou não associação do nível de AF de lazer com o consumo de bebida alcóolica entre adultos de ambos os sexos. Dados secundários foram coletados do Ministério da Saúde (Vigitel) referente ao inquérito transversal realizado no ano de 2014, na cidade de Curitiba, PR, Brasil. A AF foi a variável de exposição e o consumo de bebida alcoólica a variável de desfecho. Participaram do estudo 1.504 adultos, sendo 557 homens com idade média de 51,7 ±18,6 anos e 947 mulheres com idade média de 55,7 ± 16,9 anos. O nível de AF foi categorizado em inativo e ativo e o consumo de bebida alcóolica em regular e abusivo. Os resultados foram controlados por sexo, idade e escolaridade. Os adultos ativos tiveram risco pelo menos 1,5 vezes maior (Razão de Prevalência (RP)= 1,5; IC95%: 1,2–1,9) para o consumo regular de bebida alcoólica e pelo menos 1,3 vezes maior (RP= 1,3; IC95%: 0,8–2,1) para o consumo abusivo, quando comparado aos inativos. Os homens ativos tiveram risco pelo menos 1,7 vezes maior (RP= 1,7; IC95%: 1,2–2,5) para o consumo regular e 2,3 vezes maior (RP= 2,3; IC95%: 0,9–5,7) para o consumo abusivo, enquanto mulheres ativas tiveram risco pelo menos 1,4 vezes maior (RP= 1,4; IC95%: 1,1–1,8) para o consumo regular e 0,9 vezes maior (RP= 0,9; IC95%: 0,6–1,7) para o consumo abusivo. Os resultados apoiam a existência de uma associação positiva incongruente entre o consumo de bebida alcoólica e a prática de AF.
Introdução: a caminhada e o ciclismo são os tipos principais de atividade física recreativa e de deslocamento por adultos brasileiros. Objetivo: associar, a partir de informações sociodemográficas e pessoais, a prática da atividade física recreativa e do deslocamento ativo com a caminhada e o ciclismo. Materiais e Métodos: estudo descritivo com amostra de adultos entrevistados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel (2016). Resultados: 13.869 adultos (28,1% de homens e 24,8% de mulheres) relataram caminhar ou pedalar recreativamente; 9.607 adultos (20,1% de homens e 16,8% de mulheres) e 4.487 adultos (7,3% de homens e 9,2% de mulheres) relataram se deslocar a pé ou de bicicleta para o trabalho ou para a escola, respectivamente. Caminhar e pedalar se associou positivamente com maior força aos homens nos domínios recreativos e no deslocamento para o trabalhos, enquanto o deslocamento para a escola se associou mais fortemente às mulheres, principalmente as residentes nas regiões Norte e Nordeste. No conjunto da amostra, houve maior associação para os participantes com idade de 35 a 54 anos, com maior escolaridade (≥ 12 anos) e sem sobrepeso. A ocorrência de morbidades crônicas se associou com as atividades recreativas (Razão Chance: 1,43; IC95%: 1,25-1,65). Conclusões: a caminhada e o ciclismo são as principais atividade recreativas para 27% da população brasileira e está presente no cotidiano de 8,0% da população que se desloca ativamente para o trabalho e/ou escola.
O objetivo do estudo visou conhecer a organização da prática de atividade física (AF) de brasileiros adultos portadores de diabetes mellitus, residentes nas 27 capitais brasileiras e verificou se a AF estava de acordo com as diretrizes de AF recomendadas para diabéticos pelo Ministério da Saúde brasileiro. Os dados transversais foram obtidos do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas não Transmissíveis de 2016, onde cerca de 54.000 adultos com 18 anos ou mais de idade em todas as capitais brasileiras foram entrevistados por inquérito telefônico. Os participantes informaram sobre a participação de AF recreativa executado nos três meses anteriores à entrevista, sobre a frequência semanal e a duração das atividades. Também informaram serem ou não diabéticos. Foi realizada análise descritiva e o significado estatístico avaliado por meio do teste do qui-quadrado (χ2) de Pearson. No ano de 2016, aproximadamente 7,9% da população se declarou diabética. Houve maior prevalência entre as mulheres de maior idade e de menor escolaridade. A caminhada, a hidroginástica e a ginástica geral foram as principais modalidades de AF referidas pelos diabéticos. Mais da metade deles (55%) estavam inativos e 15% alcançavam às recomendações de AF do MS. A maioria (90%) praticava AF por 30 minutos ou mais por dia, sendo que 87% dos ativos com frequência semanal de 1 a 2 vezes não alcançaram a meta recomendada pelo MS. A regularidade da AF para os diabéticos não está alinhada às recomendações do Ministério da Saúde brasileiro.
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