RESUMO Tendo o Livro I da “República” de Platão como seu horizonte de referência, este artigo pretende, enquanto apresenta sumariamente as posições defendidas por Sócrates e Trasímaco sobre a justiça, examinar suas principais implicações para nós, no sentido de estabelecer algumas pistas sobre como responder à pergunta feita em seu título, a saber, “como devemos viver?”.
Quem sabe/ o superhomem venha nos restituir a glória/ mudando como um deus o curso da história/ por causa da mulherEnfrentar certos temas em chave filosófica é iniciativa arriscada. Quando a matéria está na ordem do dia e seu teor é polêmico, as expectativas do público tendem a gerar ruído, dificultando uma apreciação justa das questões em jogo. Sem a necessária ruminação das ideias, é provável que mal-entendidos venham a dominar o debate. E se existe um consenso tácito sobre a reputação de um autor em relação a isso e aquilo, seu exame se torna quase tabu.Coragem, paciência e senso de oportunidade são aliados indispensáveis para um caso assim. A preparação da tarefa deve contar com descortino, disciplina e, sobretudo, inteligência filosófica longamente exercitada-um verdadeiro trabalho de gestação. O livro em foco reúne todas essas forças para expor, de modo acessível e otimamente argumentado, uma visão de conjunto das posições e disposições de Nietzsche a respeito das mulheres.
Um tópico de interesse permanente em relação a Sócrates é a determinação dos melhores termos para o entendimento da articulação entre sua vida e sua prática filosófica. O presente artigo busca ensaiar uma discussão introdutória desta questão. Nesse sentido, parte-se de uma restituição, em largos traços, do testemunho das três principais fontes diretas, avança-se daí até algumas formulações atuais centradas no tema do exame para, por último, considerar a matéria à luz da morte de Sócrates e dos desdobramentos que seu exemplo quanto a isso ensejou, já no âmbito das escolas helenísticas.
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