A Revolução Russa se transformou num marco para a História da Humanidade. Depois da Comuna de Paris de 1871, a Revolução de 1917, foi o evento mais grandioso, extraordinário e duradouro que já ocorreu. Demonstrou que é possível construir uma sociedade e uma humanidade, sob novas bases e novos fundamentos, sem propriedade privada e sem classes, em que, ao invés do individualismo, da competição e da exploração, predomina a solidariedade "de cada um segundo suas possibilidades, de acordo com suas necessidades", com o homem no centro da história. A Revolução Russa, ao redefinir e reorientar os meios de produção, as forças produtivas, as finalidades da produção material e também da espiritual, transformou-se numa referência para outras revoluções. Em todas elas, a educação adquiriu uma importância primordial tendo em vista que numa sociedade de ignorantes, a revolução não se sustenta. Isso fez e faz da revolução e da educação elementos indissociáveis. Ambas se pressupõem e se constituem em instrumentos de transformação social. Portanto, a publicação de a "Pedagogia Histórico-Crítica, Educação e Revolução: 100 anos da Revolução Russa", é uma oportunidade ímpar para recolocar em discussão tanto a possibilidade, quanto a necessidade e os desafios da Revolução e da Educação Revolucionária. Afinal, a humanidade está vivendo um momento crucial, quando o imperialismo age com uma agressividade e uma voracidade sem precedentes; quando o capital se encontra extremamente concentrado; quando as condições de trabalho e de vida são extremamente degradadas; quando milhões de pessoas são condenadas à vala da informalidade, do desemprego, da indigência, da ignorância e da morte; quando os golpes, a violência, a repressão e as guerras se multiplicam e, quando a natureza é atacada e destruída impiedosamente. Diante desse contexto, é impossível permanecer insensíveis, apáticos, inertes e ou indiferentes; exige muito mais do que contemplação, espanto, admiração, diferentes olhares e diferentes interpretações. A humanidade implora a transformação dessa realidade. Trata-se, portanto, de construirmos um novo projeto societário, uma nova humanidade. Mas, para isso, pressupõe algumas condições, tais como, superar os velhos vícios do amadorismo, do espontaneísmo, do voluntarismo, do naturalismo, do individualismo, da competição e da concorrência, e assumir a identidade de classe trabalhadora e agir como e enquanto tal. No momento em que o monstro do capital se encontra armado até os dentes, e possui toda uma parafernália ideológica, burocrática, bélica e militar capaz de esmagar povos e nações e, de exterminar a humanidade com apenas *
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A Revolução Russa se transformou num marco para a História da Humanidade. Depois da Comuna de Paris de 1871, a Revolução de 1917, foi o evento mais grandioso, extraordinário e duradouro que já ocorreu. Demonstrou que é possível construir uma sociedade e uma humanidade, sob novas bases e novos fundamentos, sem propriedade privada e sem classes, em que, ao invés do individualismo, da competição e da exploração, predomina a solidariedade "de cada um segundo suas possibilidades, de acordo com suas necessidades", com o homem no centro da história. A Revolução Russa, ao redefinir e reorientar os meios de produção, as forças produtivas, as finalidades da produção material e também da espiritual, transformou-se numa referência para outras revoluções. Em todas elas, a educação adquiriu uma importância primordial tendo em vista que numa sociedade de ignorantes, a revolução não se sustenta. Isso fez e faz da revolução e da educação elementos indissociáveis. Ambas se pressupõem e se constituem em instrumentos de transformação social. Portanto, a publicação de a "Pedagogia Histórico-Crítica, Educação e Revolução: 100 anos da Revolução Russa", é uma oportunidade ímpar para recolocar em discussão tanto a possibilidade, quanto a necessidade e os desafios da Revolução e da Educação Revolucionária. Afinal, a humanidade está vivendo um momento crucial, quando o imperialismo age com uma agressividade e uma voracidade sem precedentes; quando o capital se encontra extremamente concentrado; quando as condições de trabalho e de vida são extremamente degradadas; quando milhões de pessoas são condenadas à vala da informalidade, do desemprego, da indigência, da ignorância e da morte; quando os golpes, a violência, a repressão e as guerras se multiplicam e, quando a natureza é atacada e destruída impiedosamente. Diante desse contexto, é impossível permanecer insensíveis, apáticos, inertes e ou indiferentes; exige muito mais do que contemplação, espanto, admiração, diferentes olhares e diferentes interpretações. A humanidade implora a transformação dessa realidade. Trata-se, portanto, de construirmos um novo projeto societário, uma nova humanidade. Mas, para isso, pressupõe algumas condições, tais como, superar os velhos vícios do amadorismo, do espontaneísmo, do voluntarismo, do naturalismo, do individualismo, da competição e da concorrência, e assumir a identidade de classe trabalhadora e agir como e enquanto tal. No momento em que o monstro do capital se encontra armado até os dentes, e possui toda uma parafernália ideológica, burocrática, bélica e militar capaz de esmagar povos e nações e, de exterminar a humanidade com apenas *
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