Resumo Objetivo Analisar tendências nas prevalências do sobrepeso e obesidade no estado do Espírito Santo, Brasil, entre 2009 e 2018. Métodos Estudo ecológico, com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. O sobrepeso e a obesidade foram classificados conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde. Realizou-se regressão linear (Prais-Winsten) para estimar a tendência da prevalência. Resultados Observou-se tendência crescente de sobrepeso (5,5 a 8,6%) e obesidade (4,4 a 8,3%), em ambos os sexos e nas diferentes regiões do estado. Na análise estratificada, houve aumento de sobrepeso e obesidade em crianças, adolescentes e adultos do sexo feminino (4,2 a 8,6%; p<0,05). No sexo masculino, nas regiões norte, central e sul do estado, a obesidade cresceu entre adolescentes, enquanto na região sul, em todas as faixas etárias (crescimento de 5,1%; p=0,01). Conclusão Houve aumento do sobrepeso e da obesidade no Espírito Santo, de 2009 a 2018.
Introdução: A obesidade é uma doença multifatorial com proporções epidêmicas que tem sido frequentemente descrita como fator de risco para outras comorbidades. Portanto, é importante identificar que condições e ações estão sendo realizadas no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) para o cuidado dos indivíduos com a doença. Objetivo: Descrever e discutir as condições e ações de prevenção e cuidado da obesidade disponíveis na APS do estado do Espírito Santo (ES). Métodos: Estudo observacional descritivo baseado no PMAQ-AB - 3º ciclo. Foram avaliados os módulos I, II e IV, considerando as variáveis relacionadas ao número de profissionais e equipamentos, desenvolvimento de ações de cuidado da obesidade e de atenção nutricional. Foram realizados testes de qui-quadrado para verificar diferenças entre as regiões. Resultados: 93,6% dos municípios participaram do estudo. Observou-se carência de nutricionistas e educadores físicos em toda a rede. Na Região Norte, o nutricionista está presente em 21% das unidades e não há educadores físicos. Foi baixo o quantitativo de equipamentos e materiais disponíveis. Quase metade das unidades de saúde do estado não tinha balança (200 kg) e caderneta do adolescente. Na Região Sul, 54% das unidades não apresentavam aparelho de pressão com braçadeira para pessoas adultas obesas. Apenas 10% dos profissionais referiram ofertar práticas integrativas e complementares (10%) e a metade não tinha conhecimento do Programa Academia da Saúde. Conclusão: As ações desenvolvidas pelas equipes da APS relacionadas a promoção da saúde, atenção nutricional, prevenção e cuidado da obesidade, além dos equipamentos e estruturas disponíveis, não são suficientes para o enfrentamento da obesidade no ES.
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