Introdução: Os acidentes ofídicos são um problema de saúde pública e são considerados emergências clínicas, motivo este que torna os estudos em regiões de grande incidência muito importantes. Objetivo: Descrever os aspectos clínicos e epidemiológicos de pacientes vítimas de acidentes ofídicos em uma região da Amazônia Ocidental, Brasil. Método: Trata-se de um transversal, retrospectivo e documental de abordagem quantitativa, no período de 2015 a 2016, realizado no Hospital Regional do Juruá, localizado na cidade de Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil. Os dados epidemiológicos foram obtidos a partir das fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no Setor de Vigilância Epidemiológica do hospital. Foram verificadas as seguintes variáveis: mês de ocorrência, identificação da serpente (tipo de acidente), local do acidente (zona urbana e rural), localidade, município, dados da vítima (faixa etária, sexo, região anatômica atingida), sintomas e sinais apresentados, circunstâncias do acidente, tempo decorrido entre o acidente e o atendimento, a quantidade de ampolas utilizadas e o tipo de soro no tratamento das vítimas. Resultados: Foram atendidos em média 124 casos de acidentes ofídicos por ano (76,71 casos por 100.000 habitantes/ano), sendo a maioria acidentes botrópicos e os pacientes constituídos por indivíduos adultos do sexo masculino e trabalhadores rurais, picados nos membros inferiores. Mais de 30% dos casos foram atendidos seis horas após o envenenamento e o atendimento após 24 horas é um fator de risco para complicações, uma vez que sete dos oito pacientes que apresentaram complicações foram atendidos depois de um dia do acidente. Conclusão: Apresentou um crescente constante nos casos, o que gerou um ponto de reflexão preocupante, que pode estar associado a dois fatores, onde um volta-se para a melhora no deslocamento das vítimas (melhorias nas estradas dos ramais e implantação de lancha do SAMU) facilitando mais o transporte e na cobertura de telefonia melhorando a comunicação, ou a falha das políticas de saúde pública na oferta de melhores condições e orientações para a população.
Introduction: Fish accidents, called ichthyism, are common and considered a neglected health problem with high morbidity and low lethality. Noteworthy are the poisonings by freshwater stingrays, which are considered very serious and one of the most important injuries caused by aquatic animals in South America. Case Presentation: To describe an accident and vascular injury with venomous stingray animals in the Alto do Juruá, Acre, Brazil. Male patient admitted due to stingray in the left lower extremity 20 days ago. Conclusion: The freshwater stingray, due to its sharp characteristics, injured the great saphenous vein, requiring surgical intervention. The situation presented negative evolution due to the lack of necessary procedures in the first attendance, such as the proper cleaning of the wound and the removal of the sting.
Introdução: O estado nutricional de crianças é considerado um instrumento importante na aferição das condições de saúde e qualidade de vida de uma população. A prevalência crescente da obesidade em crianças é um problema de saúde pública significante, pois é um fator de risco importante para a obesidade na vida adulta. Objetivo: Avaliar a prevalência e os fatores associados à obesidade infantil no município de Rio Branco – Acre. Método: Realizou-se análise de banco de dados provenientes do Inquérito de Fatores de Risco e Morbidade por Doenças Não-Transmissíveis no Município de Rio Branco / Saúde e Nutrição de Adultos e Crianças em 2008. Trata-se de um estudo transversal onde foram examinadas 687 crianças na faixa de 0 a 60 meses nas zonas urbana e rural. A análise estatística considerou a expansão e o desenho da amostra. A prevalência da obesidade infantil segundo os índices antropométricos P/I (peso-para-idade), P/E (peso-para-estatura), e IMC/I (Índice de Massa Corporal-para-idade) foram respectivamente de 6,85% (IC95% = 5,30 – 8,80), 6,66% (IC95% = 3,22 – 13,27) e 6,61% (IC95% = 3,25 – 12,98). Resultados: O modelo final apresentou maior prevalência de obesidade para o índice IMC/I nas seguintes condições: local de domicílio na zona urbana (RP=6,81; IC95% = 1,27 – 36,38), iluminação elétrica sem medidor (RP=2,10; IC95% = 1,22 – 3,59), altura da mãe maior que 163cm (RP=2,24; IC95% = 1,12 – 4,47) e obesidade materna (RP=2,37; IC95% = 1,19 – 4,72). Conclusão: A prevalência da obesidade do índice IMC/I foi elevada e está relacionada à fatores socioeconômicos e características maternas específicas. É necessária a promoção de ações que levem a formação de um estilo de vida saudável ainda na infância.
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