Resumo A corrosão de armaduras desencadeada por cloretos é um dos principais problemas que afetam as estruturas de concreto armado. Considerando o estudo desse tipo de problema, a velocidade na coleta dos dados, a possibilidade de controle das variáveis que influenciam o processo de corrosão e o baixo custo na realização dos testes têm sido aspectos motivadores da opção por realizar ensaios acelerados para indução da corrosão por cloretos em vez de ensaios baseados em exposição natural. Com o decorrer dos anos, embora tenha havido evolução nos procedimentos adotados nos ensaios acelerados, ainda não há uma padronização amplamente praticada nas pesquisas. Este trabalho faz uma revisão sobre as principais metodologias de ensaio empregadas para induzir a corrosão por cloretos praticadas no Brasil e no mundo, discutindo suas vantagens e desvantagens e gerando uma reflexão em relação à padronização de procedimentos. Nesse sentido, sugere, entre outros aspectos, o emprego de procedimentos de ensaios acelerados que guardem proximidade com condições reais de exposição e a padronização nos critérios empregados na identificação da despassivação da armadura e na preparação dos corpos de prova. Essas ações contribuem para diminuir a variabilidade de resultados e facilitam a comparação entre estudos de natureza semelhante.
Com o intuito de analisar o comportamento de concretos com substituição de cimento por resíduo de tijolo cerâmico moído (RTM) frente à corrosão por cloretos, foram moldados corpos de prova (CPs) de concreto armado de 80 x 80 x 80 mm, com faixas de substituição do RTM de 0 %, 10 % e 30 % e fator água/aglomerante de 0,55. Após uma cura úmida de 7 dias e em ambiente de laboratório até 180 dias, os CPs foram submetidos a ciclos de imersão e secagem em solução de NaCl 1M. Uma vez identificada a despassivação das armaduras, perfis de cloretos livres e totais foram obtidos. Os resultados mostram que, embora haja uma pequena diminuição da resistência mecânica e do teor crítico de cloretos com a incorporação de RTM ao concreto, os concretos com RTM tendem a apresentar uma redução da sua capacidade de transporte de massa, que pode se sobrepor ao aspecto anterior e alongar o período de iniciação da corrosão.
RESUMOO tratamento por realcalinização é um dos métodos aplicados para o restabelecimento das condições de alcalinidade da matriz cimentícea e, consequentemente, para alcançar a possível repassivação da armadura, sem uma ação destrutiva significativa sobre a estrutura. Este artigo analisa a eficiência da realcalinização na repassivação de armaduras com diferentes períodos de exposição a meio carbonatado. Para tal, armaduras para concreto armado, com diâmetro de 6.3 mm, foram imersas em uma solução saturada de hidróxido de cálcio, simulando a solução dos poros do concreto. Após um período de 17 dias, essas soluções foram carbonatadas com uma mistura de 5% de CO2, até a solução atingir um pH próximo a 8,5. Uma vez iniciado o processo de corrosão, as células ficaram em ambiente de laboratório por um período de 7, 28 e 90 dias, de modo a atingir diferentes graus de corrosão. Após isso, as soluções foram realcalinizadas através da troca das soluções carbonatadas por soluções novas. Durante todos esses períodos, as armaduras foram monitoradas através de medidas eletroquímicas empregando a técnica de resistência de polarização linear. As medidas eletroquímicas mostram os momentos em que as armaduras despassivaram, bem como os momentos em que essas apresentaram uma condição de restabelecimento das condições de passividade ou não. O período de exposição mais longo a meio carbonatado dificultou a repassivação das armaduras. PALAVRAS--CHAVE:Carbonatação, concreto armado, realcalinização, repassivação. INFLUENCE OF CORROSION DEGREE OF REINFORCEMENT ON EFECTIVENESS OF REALKALISATION METHOD FOR TREATING CARBONATED CONCRETE STRUCTURES ABSTRACTThe realkalisation treatment is one of the methods applied to recover the alkalinity conditions of cementitious matrix and, consequently, to meet the possible reinforcement repassivation without any significant destructive procedure to structure. This paper analyses the effectiveness of realkalisation on repassivation of reinforcements with different exposure times on carbonated media. For this purpose, concrete reinforcements with 6.3 mm core were immersed in saturated solution of calcium hydroxide, simulating the concrete porous network solution. After 17 days, these solutions were carbonated with a 5% CO2 mixture until reaching a pH close to 8,5. After starting the corrosion process, the cells remained in laboratory environment for 7, 28 and 90 days to meet different corrosion degrees. Afterwards, the carbonated solutions were realkalised by changing the solutions for new ones. Reinforcements were monitored throughout all these periods by electrochemical measurements using the linear polarization resistance technique. Electrochemical measurements show the moments in which reinforcements depassivated, as well as the moments in which they recovered or not the passivity condition. The longer exposure to carbonated media made difficult the reinforcement repassivation.
Surface chloride concentration (Cs) is one of the parameters that feed models used to simulate chloride ingress into concrete. Therefore, understanding its behaviour over time is important for a more accurate forecasting. This work is part of a larger researcher project that aims to analyse the transport of chlorides into concrete in marine atmosphere zone based on long-term field exposures. The present paper focuses on the behaviour of Cs along 12.5 years. Prismatic concrete specimens with three different mixtures were exposed at places located at four different distances from the sea. Climatic variables and chloride deposition on the wet candle were parameters used to characterise the environment. Periodically, samples from concrete surface were extracted from the specimens and chemically analysed. Results show that Cs increases along the years and suggests a tendency of stabilisation over time, although this level could not be reached in the present exposure period. The relationship between Cs and chloride deposition rate on the wet candle was analysed and it was observed that the function = 0 +. () is the one that best fits to experimental data.
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