Perder-se, andar a deriva, vagar sem rumo, lançar-se de encontro à multidão, caminhar pelas ruas sem um traçado pré-determinado, movimentos do corpo que conduzem o olhar ao conhecimento e ao encontro das almas que habitam a cidade. Não uma cidade que se apresenta só em sua materialidade, mas como um lugar interior, imaginado, construído a partir das lembranças de quem a percorreu na infância, cidade que acolhe o acaso e o imprevisível. Assim, a fotografia e a escrita dos contos e dos ensaios desta dissertação são entendidas como modos de linguagem que se encontram e se complementam num diálogo, na intenção de criar narrativas a partir das experiências de quem hoje caminha e vivência as ruas do centro da cidade de Campinas-SP.
O presente artigo tem como objetivo demonstrar a relação histórica e epistemológica existente entre cultura e desenvolvimento, compreendendo que a partir deste breve percurso seja possível elucidar sobre o papel da cultura conforme a compreensão de desenvolvimento colocada na contemporaneidade. Constatou-se que o crescente interesse pela dimensão cultural do desenvolvimento, ampliou esta noção e tornou-os indissociáveis, provocando variadas leituras sobre a imprescindibilidade da cultura na globalização e no Direito ao Desenvolvimento, reconhecendo a cultura como essencial à vida humana e à garantia da dignidade desta. Entretanto, este reconhecimento nas Políticas Públicas de Cultura do Amapá se demonstra recente e ainda tímido em sua institucionalização, na interação entre as esferas estatais e na constância da cultura nos planos plurianuais do referido estado
A experiência urbana do bairro da Ponte Preta, em Campinas, é abordada a partir de três olhares, na expectativa, com este mosaico fragmentado de existências, memórias, imagens, paisagens e lugares, re-velar o sentido e o significado (traços esseciais) do bairro e sua identidade. Uma narrativa visual foi composta como fruto deste encontro, expressando os percursos realizados e aqueles possíveis na experiência da Ponte Preta e da cidade.
Este artigo propõe discutir o espaço escolar a partir das noções geográficas de território e de territorialidade como expressão de práticas espaciais mobilizadoras da discussão de gênero e de sexualidade, dando ênfase a grupos de estudantes LGBTQIA+. Estes que por muitos componentes da comunidade escolar são considerados desviantes aos padrões socioculturais heteronormativos e hegemônicos e vêm enfrentando nas últimas décadas um apagamento por parte de políticas educacionais que se posicionam claramente sobre a inclusão e diversidade no âmbito dessas discussões. Para tanto, elegemos o conceito de território (e seus derivativos: territorialidades e territórios vividos) como direcionamento para o estudo, visto que as práticas espaciais se tornam experiências “marginais” implicando na quebra de barreiras, geração de conflitos e na construção de territorialidades a partir de relações de poder.
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