O baixo desempenho acadêmico dos alunos e os altos índices de evasão nos institutos federais tiveram suas visibilidades assumidas no Relatório de Auditoria (TC 026.062/2011-9), elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2013. O documento trata de uma fiscalização sobre a atuação dos institutos federais no que se refere às medidas de combate à evasão, dentre outros aspectos, em que se exigiu dessas instituições de ensino uma proposta de elaboração de um plano de ação para superar a evasão e a retenção. Diante desse cenário, o presente artigo tem como objetivo geral analisar, sob a perspectiva da Análise Documental, o discurso sobre evasão escolar no relatório do TCU e, mais especificamente, nos documentos relacionados a ele, a fim de evidenciar as redes de práticas discursivas que conduziram à noção de que é preciso traduzir as teorias da evasão em práticas institucionais que visem à permanência, tendo em vista que os estudos da evasão, ainda que sejam vantajosos pelo seu caráter diagnóstico, têm pouca efetividade prática no potencial interventivo da instituição. Como resultado, observou-se que as questões embasadoras da perspectiva da evasão, como precariedade conceitual e metodológica, compreensão por falsa causalidade e relação custo-benefício, consideradas aqui como “ídolos” do pensamento, foram sendo desconstruídas ao longo dos eventos documentais, o que promoveu uma transição dos estudos da evasão para os da permanência
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