A eficiência reprodutiva de um rebanho de cria é uma ferramenta de suma importância quando se quer aperfeiçoar a atividade pecuária de uma fazenda. Para avaliar a eficiência reprodutiva das fêmeas bovinas, algumas características devem ser levadas em consideração, como o número de concepções e bezerros nascidos em um ano, bem como o número de bezerros desmamados, para que isso aconteça é necessário que cada vaca consiga parir um bezerro a cada de 12 meses, isso só será possível se o período de serviço desses animais não ultrapassar 60 a 90 dias. Este trabalho irá discutir os principais fatores que levam a um aumento no período de serviço das fêmeas e consequentemente a uma diminuição na eficiência reprodutiva. São vários os fatores que afetam a reprodução das fêmeas, dentre eles os que se destacam são: o efeito da amamentação e presença do bezerro afeta negativamente a retomada dos ciclos estrais da fêmea, existem algumas formas de manejo de amamentação que ajudam a reduzir esse impacto negativo causado pela lactação. Como a atividade pecuária de cria requer manejos com o rebanho, esses animais sofrem um estresse causado por esse manejo, o qual gera um efeito negativo sobre a reprodução, a qual muitas vezes também é afetada pelas estações do ano e o estresse calórico. O anestro pós-parto e a sua fisiopatologia, também são de muita importância quando se trata de eficiência reprodutiva, assim como a sanidade e as doenças reprodutivas.
Vários fatores afetam o desempenho reprodutivo das fêmeas, dentre eles os que se destacam são: a nutrição inadequada com déficits ou alto consumo de energia e proteína, o balanço energético negativo, influenciando principalmente o retorno à ciclicidade em vacas de alta produção e o escore de condição corporal, pois vacas com valore acima de 7 ou abaixo de 5, não desempenham um bom papel reprodutivo. A nutrição tem um papel reconhecidamente importante por afetar diretamente aspectos da fisiologia e consequentemente o desempenho reprodutivo na fêmea bovina. Entre os índices reprodutivos observa-se a queda da fertilidade, principalmente em vacas leiteiras, devido ao balanço energético negativo (BEN), evidenciado pela queda no escore de condição corporal (ECC) pós-parto. A ingestão insuficiente de energia está intimamente ligada ao baixo desempenho reprodutivo da fêmea bovina, ao atraso na idade à puberdade e no intervalo da primeira ovulação e cio pós-parto, redução nas taxas de concepção e de prenhez. Baixos níveis de proteína na dieta animal podem acarretar redução de aminoácidos na circulação, com redução da secreção pulsátil de LH e consequente redução da fertilidade. Este trabalho tem como objetivo discutir a influência da energia e proteína na alimentação como causa de aumento no período de serviço das fêmeas e conseqüentemente a uma diminuição na eficiência reprodutiva.
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