O presente estudo tem como objetivo abordar a prática de transliteração do idioma belarusso para o alfabeto latino e apresentar o padrão de transliteração elaborado para o idioma português. A metodologia consiste na leitura comparativa de textos técnicos acerca do alfabeto belarusso latino e dos padrões de transliteração mais utilizados. O referencial teórico se concentra nos trabalhos de Taraškievič (1918) e os padrões da ICAO (2021) e UNGEGN (2007), das Nações Unidas, além da análise linguística de Sussex e Cubberley (2006) e Barbosa (1990). Como resultado prático do trabalho, apresentamos a tabela de transliteração de belarusso para português, com exemplos de topônimos e nomes próprios transliterados e explicações. Apresentamos ainda, uma ferramenta on-line para transliteração automática baseada no padrão proposto.
Este artigo parte da tradução e legendagem do filme Viva Belarus! (2012) para português e tem como objetivo principal refletir sobre a tradução da linguagem híbrida belarusso-russa na obra. O longa-metragem se passa em Belarus, ex-república soviética desde 1994 sob o regime do ditador Aliaksandr Lukašenka, responsável por políticas de aproximação com a Rússia e perseguição a dissidentes, sobretudo falantes de belarusso. Nesse contexto, a trasianka, como é conhecida a fala híbrida entre belarusso e russo, oferece desafios para tradução e legendagem com viés identitário. As reflexões sobre as estratégias tradutórias são baseadas na obra de Gonçalves (1990) e identitárias, a partir do pensamento de Fanon (1968) e Foucault (2019), dentre outros.
A linguagem vulgar russa, popularmente conhecida como mat, difere dos vulgarismos e palavrões da língua portuguesa por sua notável flexibilidade morfossemântica e aplicações discursivas. No filme Viva Belarus!, cuja narrativa se passa em Belarus, uma das quinze ex-repúblicas soviéticas, agentes do regime autoritário de Aliaksandr Lukašenka empregam essa linguagem, com influências do idioma belarusso, como forma de oprimir e humilhar dissidentes. Este artigo, que compõe tese de doutorado em andamento, busca refletir sobre o processo de traduzir e legendar essa linguagem no filme para a língua portuguesa, trazendo exemplos de desafios tradutórios e as soluções propostas. Tendo como ponto de partida o Diário de um Escritor, de Dostoievski, a metodologia consiste no estudo do objeto a partir de fontes acadêmicas, baseando-se nos trabalhos de Kovalev, Akhmetova e Plutser-Sarno. Sobre as reflexões acerca das escolhas e estratégias de tradução, o estudo tem aporte teórico de Gonçalves e Sussex and Cubberley. Espera-se que a discussão contribua para pesquisas adicionais no campo de estudos eslavos, sobretudo por oferecer um olhar sobre as dinâmicas de influência mútua entre dois idiomas eslavos – russo e belarusso – e, mais especificamente, de tradução de língua russa no Brasil.
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