RESUMOEstudou-se a topografia post mortem do cone medular em 30 gatos adultos sem raça definida. Procedeu-se à remoção da pele e da musculatura dorsal da coluna vertebral e expuseram-se a medula espinhal e seus envoltórios, após a secção dos arcos vertebrais. O cone medular foi evidenciado e mensurado. Avaliou-se a sua relação com as vértebras lombares (L), sacrais (S) e caudais (Cd). O cone medular variou de 3,40 a 8,00cm (média=5,08cm). A esqueletopia foi variável, pois em 24 (80%) animais o cone medular iniciou-se na vértebra L6; em quatro (13,3%), na L7; e em dois (6,7%), na L5. Em 12 (40%) animais terminou na vértebra S2; em 10 (33,3%), na S3; em cinco (16,7%), na Cd1; em dois (6,7%), na S1; e em um (3,3%) na Cd2.Palavras-chave: gato, cone medular, topografia
ABSTRACT
It was studied the post mortem topography of the medullar cone in 30 adult non-defined breed cats. The dorsal skin and muscles from the vertebral column were removed and the spinal cord and its wrappers were visualized, after the section of the vertebral arcs. The medullar cone was then exposed and measured. Its relationship with lumbar (L), sacral (S), and caudal (Cd
INTRODUÇÃOEm muitos estudos, os gatos ainda são vistos como pequenos cães. Entretanto, esses animais revelam diferenças muito evidentes, tanto no contexto bioquímico e fisiológico, como no anatômico. A literatura mostra poucos dados, quando não imprecisos, sobre esses felinos domésticos (Câmara Filho et al., 2000). Visto que é crescente a frequência de atendimentos especializados em felinos, maiores informações sobre o sistema nervoso desses animais são de considerável importância na clínica médica e cirúrgica, para a realização de aplicações anestésicas, do diagnóstico de lesões nervosas e de punções para exames laboratoriais.Recebido em 28 de maio de 2008 Aceito em 15 de setembro de 2009 E-mail: ticabox@terra.com.br A porção final da medula espinhal, ou seja, o cone medular (conus medullaris) e o filamento terminal foram estudados por diversos autores (Santos e Lima, 2000;Santos et al., 2001;Machado et al., 2003). Sua localização em relação às vértebras varia nas diferentes espécies. No lobo-guará, a extremidade do cone situa-se entre a quinta e sexta vértebras lombares (Machado et al., 1999). Em suínos, citam que o cone está localizado entre a quinta vértebra lombar e a quarta sacral. O posicionamento de maior frequência em pacas encontra-se com a base entre a quinta e sexta vértebras lombares e o ápice até a sétima lombar (Scavone et al., 2007). Em coelhos, a base do cone medular inicia-se entre a sexta e sétima vértebras lombares e seu