O presente texto é resultado de uma pesquisa de campo que objetivou compreender como ocorre a formação docente e a prática pedagógica no processo de inclusão do estudante jovem com deficiência nas instituições de ensino superior do município de Barreiras-BA. A abordagem metodológica é qualitativa e o estudo de natureza descritiva-exploratória, do tipo Estudo de Caso. A coleta de informações foi realizada por meio de entrevista semiestruturada com os docentes e estudantes; na sequência foi realizada a análise de conteúdo baseada em Bardin (2011). A trajetória deste estudo teve como base os teóricos, Loss (2018), (2007), Moreira (2014), Rocha e Miranda (2009), Doutor (2016), Anastasiou e Pimenta (2014), dentre outros. Com esta análise foi possível verificar que a falta de conhecimento dos docentes sobre a concepção de inclusão educacional, é devido ao seu percurso formativo e que isso interfere nos modos do fazer pedagógico inclusivo, o que é referido pelos jovens estudantes. Do mesmo modo, o estudo aponta que os docentes atribuem possibilidades para que suas experiências sejam capazes de suscitar novas perspectivas acerca de uma ação transformadora, das potencialidades pessoais e sociais dos estudantes com deficiência.
Este trabalho analisa a temática da ação participativa no âmbito da cultura cívica. O objeto empírico eleito para o estudo é o processo histórico de criação e consolidação das quatro universidades estaduais da Bahia (UNEB, UEFS, UESC e UESB) a partir da década de 60, como expressão de setores da sociedade civil, em diversas regiões, pela conquista do direito à educação universitária. O pressuposto mais geral orientador do trabalho é de que o desenvolvimento de uma sociedade depende de que os indivíduos se orientem coletivamente em torno de princípios e valores, expressos a partir da formação das identidades coletivas, com vistas a alcançar direitos e condições de reprodução de vida, favorecendo, assim, o desenvolvimento de uma vida sociopolítica democrática. Esse tipo de ação se contrapõe à tradição brasileira em que a emergência de uma cultura cívica pluralista tem sido dificultada por uma sociedade elitista e segmentada em torno de desigualdades diversas, seja no acesso às agências públicas, seja com relação à própria integridade do cidadão (fome, segurança, saneamento, infraestrutura urbana e rural, etc.), seja pelo não reconhecimento dessas desigualdades que inferiorizam e também das diferenças. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que englobou o levantamento e a análise de conteúdo de informações oriundas de entrevistas com os atores que protagonizaram tal empreendimento, bem como de documentos. O estudo revela a visão que esses indivíduos têm desse processo e como avaliam a universidade que ajudaram a edificar, produto do seu protagonismo. No caso das quatro universidades baianas, que apresentam perfis e processos históricos diferenciados, a criação remonta à trajetória nacional de incentivo à formação de professores para o ensino médio e de profissionais para a indústria crescente, trajetória essa iniciada na década de 50 e consolidada nas décadas seguintes. No bojo do período desenvolvimentista, ganhou impulso o processo de luta por um reconhecimento das demandas regionais por educação, com vistas à inclusão cultural, por parte dos pioneiros dessa iniciativa nas várias regiões da Bahia. São intelectuais, educadores, políticos, líderes comunitários e religiosos que constituíram um movimento irradiador do desenvolvimento a partir da universidade.
Neste artigo, usamos a metodologia freireana dos Círculos de Cultura para explorar o desenvolvimento profissional contínuo dentro de uma Comunidade de Práticas em Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil em tempos de pandemia. Começamos por afirmar a importância da EJA no enfrentamento da exclusão imposta há décadas a parcelas da população no que se refere aos benefícios da educação. Conceituamos quem trabalha na EJA como uma comunidade de práticas e refletimos sobre o papel central da UNEB/MPEJA na formação dessa comunidade. Em seguida, apresentamos o projeto Indagações na / com a EJA em Tempos de Pandemia, realizado com uso das tecnologias da informação e comunicação, cujo objetivo principal foi interrogar, refletir e analisar os desafios e possibilidades das políticas públicas para a EJA no contexto da pandemia, por meio de um processo dialógico e democrático, possibilitando àqueles que se comprometem com a EJA em compartilhar e refletir sobre suas práticas. Sugerimos que o fortalecimento da Comunidade de Práticas em Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode promover a inovação, desenvolver capital social e facilitar a criação e disseminação de conhecimento sobre, na e para a EJA na Bahia.
Este artigo, em um primeiro momento, discute o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), situando-o no contexto das políticas públicas brasileiras dirigidas à inclusão socioeducacional e profissional de Jovens e Adultos, que por múltiplas razões tiveram negado seu direito aos estudos no tempo convencional. A partir de uma recuperação histórica, destaca-se que o Decreto de n° 5.154/04 que instituiu o referido Programa, representou o resultado das lutas de educadores e demais estudiosos pela superação de uma concepção dual da educação e pela defesa de uma perspectiva integrada como forma de inovação pedagógica, comprometida com a justiça social e formação cidadã. Em um segundo momento, o texto apresenta a experiência dessa política no Estado da Bahia, revelando sua implementação em um contexto de participação política e consolidação da educação profissional para o estado. Os resultados apontaram para a existência de uma nova concepção educacional a partir deste período, comprometida com um currículo representativo e emancipatório, dirigido aos segmentos que integram esse universo.
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