Para este texto trazemos o conceito de colonialidade do grupo Modernidade/Colonialidade (M/C), de pedagogia decolonial cunhada por Catherine Walsh, e de feminismo negro e feminismos decoloniais, considerando tais discussões para a Educação em Ciências em um grupo de estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos como parte de uma pesquisa de mestrado. Como inspiração metodológica condizente com a perspectiva teórica nos baseamos na autora Conceição Evaristo a partir de seu conceito de escrevivência que por meio de subjetividades revela traços coletivos. Refletindo sobre a colonialidade de gênero discutida nos feminismos decoloniais percebemos que as escrevivências revelam dores, angústias e estratégias de resistência que nos levaram a pensar nas condições de ser mulher em uma sociedade sexista.Palavras-chave: Escrevivência. Decolonialidade. EJA. Gênero. Abstract: In this paper we approach the concept of coloniality of the Modernity / Coloniality group and the Decolonial Pedagogy coined by Catherine Walsh to discuss Science Education. The methodology of the article is based on the author Conceição Evaristo based on her concept of clerk, fostering discussions about the authorship of a group of students of Youth and Adult Education. The registries were part of a set of workshops carried out as part of a master's research. From the registries carried out by this group, we selected texts by women who wrote about their lives in order to reveal their pains and anguishes regarding the men who went through their lives. These reports were analyzed in order to address the colonialities and gender issues intrinsic to women.Keywords: Escrevivência. Decoloniality. EJA (youth, adult and elderly education). Genre.
RESUMO: Neste trabalho apresentamos alguns sentidos sobre leitura e linguagem e analisamos discursivamente dois textos que falam sobre peixes, a partir de diferentes saberes e contextos sociais e históricos. O objetivo foi apontar contribuições da análise discursiva e do trabalho com diferentes saberes para a educação em ciências. O primeiro texto analisado é uma narrativa Kamayurá escrita por Leonardo Boff e o segundo é uma estória de Rachel Carson traduzida por Antônio Salatino. Ambos foram analisados a partir da análise de discurso, com contribuições de estudos sociais da ciência e tecnologia, estudos antropológicos e sobre (de)colonialidade na educação em ciências. Concluímos que a leitura discursiva pode potencializar as discussões sobre circulação e legitimação de saberes na sociedade e que a ambivalência da linguagem e as condições de produção dos textos podem contribuir nos questionamentos sobre determinismo e colonialidade do saber nas ciências e na educação.
Ao refletirmos sobre o impacto de cooperações realizadas entre vários países e o Timor-Leste, concluímos que, muitas vezes, elas acabam estabelecendo uma relação comunicativa verticalizada. Particularmente, em se tratando de educação científica e tecnológica, as abordagens costumam ser realizadas como um monólogo de conhecimento, marcadamente eurocêntrico, em que o cotidiano e os saberes locais são silenciados, produzindo novas formas de colonialidade, epistemicídios, subalternidades, perda de identidade cultural, baixa autoestima, falta de pertencimento e dependência econômica. A partir dessa constatação, há que se discutir alternativas sistêmicas para a superação desse modelo de “inclusão global” que, mesmo que não seja conscientemente praticado por parte de muitos agentes diretos, promove desconstrução e imposição de uma monocultura do saber, que historicamente está associada à lógica da Apropriação e Violência no sul global. Com essa perspectiva em foco, discutimos possibilidades de alternativas aos efeitos de colonialidade para a construção de um diálogo de saberes que promova emancipação e uma cultura da paz. Nesse sentido, este artigo pretende aprofundar algumas questões sobre um projeto de internacionalização, financiado pela CAPES, o qual conta com a mobilidade internacional de professores e estudantes em vários países, projeto intitulado “Repositório de Práticas Interculturais: proposições para as pedagogias decoloniais”. A partir de reflexões surgidas nesse contexto, no presente texto realizamos algumas articulações entre as bases teóricas da crítica colonial e a perspectiva conceitual de comunicação de Paulo Freire. Os conceitos de colonialidade/decolonialidade também são importantes nesse aprofundamento, já que entendemos que o modelo dominante de educação em ciências pode estar contribuindo para reforçar as desigualdades sociais. Ao mesmo tempo propomos caminhos que busquem superar essas denúncias, o que inclui nosso trabalho em cooperações internacionais.
En este artículo nos interesamos por discutir cuestiones sociotecnológicas en la formación de profesores de ciencias. Utilizamos como referencias teóricas y metodológicas de investigación el Análisis del Discurso (AD) y los Estudios Sociales de la Ciencia y Tecnología (ESCT). Para dicho análisis decidimos centrarnos en los debates realizados sobre el momento de investigación preliminar de la realidad escolar y las posibles contradicciones sociales percibidas por profesores en proceso de formación inicial y continua. Es así como relacionamos el discurso sobre la tecnología, producido en el campo teórico, con el discurso realizado por los profesores durante las reuniones de estudios y planificación de clases. Concluimos que dichos diálogos materializan contradicciones sociales que pueden ser consideradas cuestiones sociotecnológicas. Estas cuestiones están relacionadas con una serie de factores científicos, políticos y económicos que podrían ser problematizados con los profesores y los estudiantes en la clase de ciencias, lo que indica la importancia de una Perspectiva Discursiva en Educación Ciencia, Tecnología y Sociedad (CTS).
A preocupação com o funcionamento da linguagem na educação científica e tecnológica tem-nos levado a percorrer caminhos que procuram desfazer a ilusão da transparência da linguagem. Trazemos uma reflexão sobre as atividades desenvolvidas no âmbito de uma disciplina na qual privilegiamos discussões sobre a noção de discurso e aprofundamentos acerca dos sentidos construídos sobre as relações entre ciência, tecnologia e sociedade (CTS). Entendemos que esses discursos não apenas comunicam sobre tais conteúdos, mas que aquilo que se fala e como se fala da/sobre ciência e tecnologia produz efeitos de sentidos. Além disso, compreendemos que aquilo que não é dito também contribui para a produção de sentidos. Dessa forma, enfatizamos o trabalho com as histórias de leituras de estudantes como uma forma pertinente de abordar a heterogeneidade de formações discursivas, estas pautadas em experiências, conhecimentos e expectativas, construídos ao longo de suas vidas, culminando em diferentes entendimentos sobre ciência e tecnologia.
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