OBJETIVO: Identificar as alterações de mastigação e deglutição decorrentes da cirurgia curativa do câncer de língua, com extensão inferior a 50% da dimensão da língua e sem comprometimento do soalho da boca e da base da língua. MÉTODOS: Foram realizadas avaliações das funções de mastigação e deglutição em nove pacientes, seis homens e três mulheres, no período pré-operatório, aplicando-se um protocolo específico. No pós-operatório mediato, três semanas após a cirurgia, cinco pacientes foram reavaliados, quatro homens e uma mulher, seguindo o mesmo protocolo. Para verificar a significância dos resultados foi utilizado o teste não paramétrico de Kruskall Wallis (Teste H). RESULTADOS: Comparando-se os achados do pré-operatório com os achados do pós-operatório encontramos, de forma significativa (p<0,05), mudança da via de alimentação, que passou de uma alimentação exclusivamente oral, para uma alimentação exclusivamente enteral. Também houve mudança significativa na eficiência mastigatória, que passou a ser ineficiente em todos os pacientes. Percebeu-se, de forma significativa, a dificuldade dos pacientes em manipular o bolo alimentar durante o processo de mastigação, gerando dificuldade na formação de um bolo coeso. Isso demonstra que a cirurgia influencia na realização desta função, ou seja, a perda de parte da língua compromete o processo de mastigação. A deglutição também foi prejudicada pela cirurgia, uma vez que o teste demonstrou de forma significativa a presença de estase oral, após a deglutição e movimentos compensatórios de cabeça para a deglutição de alimentos sólidos. CONCLUSÃO: Os pacientes submetidos à glossectomia parcial apresentam mudanças na mastigação e deglutição decorrentes do tratamento cirúrgico.
A hanseníase é uma doença que tem altos níveis de incidência no Brasil. De origem bacteriana crônica, com alta infectividade e baixa patogenicidade, tem como hospedeiro primário o homem e como agente etiológico o Mycobacterium leprae. O bacilo de Hansen, como também é conhecido o agente, se acumula principalmente na pele, nos nervos periféricos e pares cranianos, levando a diversas lesões cutâneas, também à perda da condução neural e, consequentemente, a severas alterações anatômicas e funcionais nas extremidades do corpo, como membros e região orofacial. De acordo com estas premissas, foi realizada uma revisão da literatura com intuito de mostrar a fisiopatologia da doença e sua classificação de acordo com as suas manifestações. Desta forma, a literatura, por intermédio de alguns estudos, mostrou que esta doença pode provocar alterações que comprometem significativamente a voz, a audição, os órgãos fonoarticulatórios e as funções estomatognáticas, tornando-se assim, de grande relevância à Fonoaudiologia.
Thermography is an auxiliary diagnostic method widely used to assess soft tissues and thus diagnose neuropathic or inflammatory pain. The objective of this paper was to report a case in which thermography was used as an auxiliary method to diagnose neuropathic pain. The patient in question is a 43-year-old woman with complaints of pain and sensitivity in the upper and lower left dental arches, particularly when consuming alcoholic beverages. The case was assessed with thermography, followed by the Cold Stress Test. The symmetry of the thermographic images and the localized changes helped rule out neuropathic problems and diagnose the orofacial inflammatory pain. The thermography was used as an auxiliary instrument to diagnose orofacial pain, proving to be efficient. Also, the thermography helped rule out changes originating in peripheral, small-fiber, and inflammatory neuropathies, aiding the patient’s differential diagnosis. The thermography also helped identify the thermo-anatomical points and, with the qualitative and quantitative analyses, noninvasively investigate the possible causes of the orofacial pain reported by the patient.
Background:The orbicularis oris muscle is extremely important to performing various oral functions, including mastication, swallowing and speech. Infrared thermography is a non-invasive painless technique that does not require either contrast or ionisation.It has been increasingly used in speech-language-hearing therapy in the last years. Objective:The objective of the study was to propose a thermographic analysis method for the orbicularis oris muscle.Methods: This is an observational, analytical, cross-sectional study. The area of the orbicularis oris muscle was defined based on its anatomy with thermographic images of 11 children and 13 adults. Then, this area was divided into four quadrants, each of which was analysed considering four different shapes: a triangle; a rectangle; a triangle with a rounded side, including the vermilion zone; and a customised shape encompassing only the region of the orbicularis oris muscle, not including the vermilion zone. Data were collected and analysed with the coefficient of variation and interrater agreement.Results: Data variability for the four shapes had similar dispersions per region of the orbicularis oris muscle, in both maximum and mean temperatures and in both children and adults. The rectangle was the shape with the lowest coefficient of variation in more regions of both adults and children. Interrater agreement was excellent for all shapes, in both children and adults. Conclusion:Currently, the best way to analyse the orbicularis oris muscle's quadrants is to use the maximum temperature and the rectangle, based on an initial ellipsis encompassing the whole muscle.
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