Resumo:Preocupações sociais e ideologias são refletidas (1) em nossa escolha de assunto ou repertório, (2) em nossas tentativas conscientes de colocar indivíduos e repertórios em contextos históricos e culturais concretos, e (3) em paradigmas e pressupostos sobre os quais elaboramos nossos vários argumentos e narrativas (progresso, o 'grande homem,' a nação,
De acordo com a literatura especializada e com informações recolhidas entre pesquisadores, o manuscrito de Piranga é um dos mais antigos conjuntos de cópias de música até hoje encontrados no país, e o maior documento musical brasileiro em notação branca já descrito. Não foi possível, ainda, realizar uma análise detalhada das características paleográficas dos textos religiosos. Os primeiros exames, contudo, apontam na direção de uma letra típica da primeira metade do século XVIII. A datação, ainda aproximada, é corroborada por características da grafia musical: a notação branca, as claves e armaduras, os sinais de mensura, a escrita "a cappella" e a disposição das partes vocais nas folhas do documento. Mas o fator que atesta a antiguidade das composições é a sua análise musical, que também será abordada neste artigo.
Este artigo estuda o significado do conceito de patrimônio musical e suas relações com os conceitos oficiais de patrimônio histórico, artístico e cultural (materiais ou imateriais) estabelecidos na legislação brasileira, e de patrimônio documental ou arquivístico, implícito na legislação do país para os arquivos públicos e privados. Para isso, são analisados os três grandes tipos de patrimônio musical, decorrentes das três dimensões do conhecimento musical (1 - fenômeno musical; 2 - codificação notacional, gravação ou programação; 3 - documento musical físico), correspondentes às três dimensões do conhecimento (1 - ôntica; 2 - epistêmica; 3 - documental) estabelecidas por Claudio Gnoli (2012). As conclusões apontam para a artificialidade da separação do patrimônio musical em material e imaterial, e para a necessidade de ações mais integradas em relação aos seus três tipos, visando resultados mais amplos para o conhecimento, proteção e difusão desse tipo de herança.
Resenha do livro “O cravo no Rio de Janeiro do século XX” de Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira e Maria Aida Barroso (Rio de Janeiro: Rio Books, 2020. 384 p. ISBN: 978-65-87913-10-0).
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