Introdução: O surgimento de uma nova doença respiratória potencialmente grave, denominada COVID-19, no ano de 2019 movimentou as instâncias governamentais de todo o mundo. Com o aumento do número de casos no ano de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 como uma doença pandêmica. Esta trouxe impactos na saúde de toda a população mundial, principalmente para os idosos, considerada um fator de risco para o desenvolvimento da forma grave da COVID-19. Devido à relação da idade dos pacientes infectados e os sintomas mais graves desenvolvidos por estes, foram analisados esta influência em relação ao risco de internações hospitalares - setores de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou enfermaria, e pacientes conduzidos ambulatorialmente. Objetivos: Esse presente estudo, pretende demonstrar a relação dos sintomas manifestados pelos pacientes que positivaram para à doença, seu prognóstico e sua evolução clínica. Metodologia: Nesse estudo de Coorte, realizado entre 01/03/2020 e 31/05/2021, forma incluídos os pacientes moradores do município de Itaperuna, estado do Rio de Janeiro, com 60 anos ou mais, apresentando COVID-19 positivo e que se enquadrem na evolução do caso para cura, óbito, internação em enfermaria ou UTI ou tratamento ambulatorial. Os dados foram anexados em tabelas e analisados, obtendo resultados através do teste do qui-quadrado de Mentel-haenszel, apresentando um nível de significância p<0,05 em teste bicaudal. Resultados: Em uma análise da população estudada, obtivemos 931 pacientes de ambos os sexos. Em relação a idade dos pacientes, temos uma maior proporção de participantes na faixa etária de 60 a 69 anos, seguido de 70 a 79 anos. Ao ser feita a análise das manifestações clínicas encontradas e a evolução de cada paciente encontrou-se como resultado que pacientes com sintomas mais leves como ageusia, anosmia, cefaleia e coriza apresentaram uma maior chance de tratamento ambulatorial. A respeito da relação dos sintomas em paciente que evoluíram para óbito a presença de dispneia se mostrou como fator de risco, apresentando um aumento na chance de óbito de mais de 400% - com Intervalo de Confiança (IC) 2,79 – 6,06, dentre os 90 pacientes que evoluíram a óbito, 50 apresentavam dispneia. Em contrapartida, a presença de cefaleia e a odinofagia se mostraram como fatores de proteção para o óbito reduzindo em 70% o risco de óbitos em pacientes com cefaleia e redução de 52% no risco de óbito em pacientes que apresentaram odinofagia. Dentre a análise de risco de internação hospitalar ou seguimento ambulatorial, os sintomas como ageusia, anosmia e cefaleia, apresentam um fator de risco para tratamento ambulatorial, ou seja, apresentam 20% mais chance de não evoluir para internação hospitalar. Quando analisamos o sintoma de dispneia manifestados pelos pacientes, obtivemos 37% menos chance de ser tratado ambulatorialmente, sendo conduzido para internação hospitalar, com Risco Relativo de 7,24 e 7,78 dos casos, respectivamente. Conclusão: Diante do estudo foi possível concluir que o principal sintoma com pior prognóstico é a dispneia, aumentando em 4 vezes a chance de óbito e mais de 7 vezes a chance de internação hospitalar. Observou-se também que sintomas mais leves se apresentam como sintomas de melhor evolução clínica.