A utilização de índices para a caracterização de múltiplos parâmetros socioeconômicos ambientais tem sido cada vez mais frequente na atualidade. Entre esses índices estão os que calculam a vulnerabilidade socioambiental. O conceito de vulnerabilidade e os fatores que a compõem, ainda, não são completamente identificáveis, embora se constituam em um parâmetro imprescindível para, por exemplo, estimar o risco.A vulnerabilidade diz respeito à presença do risco e, também, à capacidade dos indivíduos ou grupos em mitigar os danos, que se diferem e os tornam mais ou menos vulneráveis de acordo com o risco e suas condições de enfrentamento. Esta pesquisa apresenta metodologia para avaliar a vulnerabilidade social, infraestrutural e ambiental ao risco de inundações da área urbana de Londrina (PR).A metodologia adotada para os cálculos de vulnerabilidade foi adaptada de Mendes (2013), utilizando dados do Censo do IBGE de 2010 e o setor censitário como unidade de análise, já que esta é a menor unidade territorial com limites físicos identificáveis em campo e com dimensão adequada à operação de pesquisas em seus levantamentos populacionais.Para os cálculos dos Índices de Vulnerabilidade Social e de Infraestrutura, foram selecionadas 36 variáveis que, reclassificadas, resultaram em 13 variáveis sintéticas, distribuídas entre seis indicadores temáticos (educação, renda e estrutura etária, esgotamento sanitário, rede de drenagem pluvial, condições da habitação). O valor dos indicadores foi o resultado da soma entre as variáveis sintéticas. Dessa forma, para cada setor censitário, foram gerados seis indicadores específicos que, também, foram escalonados.O Índice de Vulnerabilidade Ambiental – IVAMB foi calculado a partir das variáveis: declividade, solo e área de APP de Mata Ciliar, ou seja, os 30m exigidos por lei. A cartografia de cada uma destas variáveis foi extrapolada para o setor censitário, para que, posteriormente, pudesse ocorrer o cruzamento dos dados. A sobreposição com os dados do uso do solo forneceu o índice de fragilidade potencial. Os índices da vulnerabilidade social, de infraestrutura e da fragilidade potencial resultaram no índice de vulnerabilidade socioambiental.Utilizando ferramentas de Geoprocessamento, por meio do software ArcGIS 9.3, foram elaborados mapas multitemáticos, visando à caracterização e ao entendimento da organização do espaço quanto às vulnerabilidades, que ressaltam as diferenças entre os setores no acesso aos serviços públicos e à infraestrutura urbana.
O desenvolvimento de atividades antrópicas está intimamente relacionado ao uso e cobertura da bacia hidrográfica e impacta diretamente nos aspectos quali-quantitativos da água. Considerando a intervenção ocorrida em 2012 na Bacia Hidrográfica do rio Tibagi - BHT, com a instalação da Usina Hidrelétrica - UHE Mauá, este trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água e as alterações no uso e cobertura do solo da BHT para os anos de 2006, 2011 e 2016. Para a avaliação da qualidade da água do rio Tibagi, foram obtidos dados de estações fluviométricas, localizadas na BHT. Para classificação do uso e cobertura do solo foi utilizado o programa ArcGIS e imagens do satélite LANDSAT 5 e 8. Em geral, a qualidade da água pelo Índice de Qualidade da Água - IQA foi classificada como boa e os mapas de uso e cobertura apresentaram aumento da classe urbana e redução da classe vegetação rasteira.
A questão da qualidade e escassez da água no planeta tem ganhado destaque em pesquisas científicas, e demais publicações com conotação de alerta e de conscientização. Especialistas apontam que a crise da água no século XXI é muito mais de gerenciamento do que uma crise real de escassez e estresse hídrico (HOEKSTRA & MEKONNEN, 2012). Entretanto, existem pesquisadores (ELLIOTT, et al., 2014; RULLI, et al., 2013) que apontam que a crise é um misto de problemas ambientais com agravantes relacionados à economia e ao desenvolvimento social. Pesquisas cientificas atuais utilizam o sensoriamento remoto para monitorar corpos d’água em relação aos componentes opticamente ativos (COAs), a partir de modelos empíricos para inferência detes; garantindo uma maior representatividade espacial da variável, além de redução de custos e otmização de tempo. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi o de gerar modelos empíricos para estimativa de COAs da água, exequíveis em imagens orbitais multiespectrais de média resolução do satélite Landsat 8/OLI. Para tanto, foram adquiridas imagens simultaneamente à mensuração de variáveis limnológicas “in situ”, em pontos devidamente georreferenciados de um ambiente aquático semilêntico e outro lótico. Tais pontos foram distribuidos em uma represa a partir do modelo amostral de Faixas Concêntricas, e no rio a partir de Margens Paralelas, de acordo com Castro et al., (2017), ambos localizados no rio Tibagi, responsável por grande parte do abastecimento público de água de alguns municípios do Estado do Paraná. Os dados limnológicos e espectrais obtidos foram correlacionados, e a partir de regressão linear múltipla os resultados apresentaram modelos empíricos adequados, com média do valor de resposta (R2) de 46%, para a estimativa de clorofila-a, total de sólidos em suspensão e turbidez; em ambiente semilêntico do rio Tibagi.
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