O artigo busca discutir as propostas e métodos batistas para a conversão e evangelização dos povos indígenas brasileiros, no período compreendido entre as décadas de 1920 e 1930, analisando a ação da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira, o órgão centralizador da atividade missionária da instituição no universo da Primeira República. O objetivo deste artigo é compreender a inserção batista dentro do contexto das missões indígenas deste período, tendo como ponto de partida as indicações de L. M. Bratcher e as ações da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. Para isso, o trabalho se aprofunda, sob o olhar da História Cultural, no estudo do caso das missões chefiadas por Zacharias Campello, instaladas no norte de Goiás, ressaltando as dificuldades no trabalho missionário e buscando compreender as motivações que levaram ao fracasso das missões batistas com os indígenas da região.
A religião, além de ser compreendida como um complexo produto humano, deve ser historicizada. Nessa perspectiva, o objetivo deste trabalho foi de promover uma discussão teórica - por meio da revisão de literatura e análise discursiva - acerca do uso da Etnografia e da Análise do Discurso para compreender os elementos religiosos, sobretudo no campo de estudo histórico das igrejas neopentecostais brasileiras. O estudo permitiu concluir que o trabalho etnográfico possibilita analisar o objeto de pesquisa sem alterar um curso natural das dinâmicas presentes no contexto investigado. Por outro lado, analisar os discursos exige compreender a complexidade que envolve os textos, ou seja, o historiador precisa levar em consideração aspectos linguísticos, emocionais, imagéticos, simbólicos, além dos elementos que não estão presentes no momento no qual o discurso foi proferido. Por fim, a partir da análise dos testemunhos religiosos nas agências religiosas neopentecostais, é possível compreender que o aspecto indutor da prática discursiva é o anseio pela prosperidade material nas igrejas.
O objetivo do presente artigo é a análise dos discursos batistas contra o ensino religioso nas escolas públicas durante a Era Vargas, os quais eram publicados n’O Jornal Batista. Os textos combatiam a instituição da disciplina como facultativa nos estabelecimentos de ensino do país. As Constituições de 1934 e de 1937 também foram alvos de críticas dos membros da referida denominação protestante, os quais acusavam seus idealizadores de destruírem o projeto republicano iniciado em 1889. Utilizamos fontes e bibliografia especializada para as discussões aqui elencadas. Na metodologia, considerações da análise do discurso nos auxiliaram no entendimento da documentação utilizada. Espera-se com o texto aqui apresentado, contribuir com as discussões acerca do ensino religioso no Brasil, bem como sobre a sua história, sobretudo em relação às diversas reações à sua implantação no contexto em questão, particularmente da denominação protestante batista.
O objetivo deste texto é trazer apontamentos e análises de fontes e historiografia que contribuam para a compreensão da expansão missionária batista ao Brasil Central a partir do ano de 1925. O artigo foi construído dentro da perspectiva da história cultural das religiões. Após a verificação das fontes e referências, concluiu-se que os batistas aproveitaram o contexto de expansão protestante por toda a América Latina, bem como fizeram uso do discurso da suposta necessidade que os habitantes do interior tinham de receber a mensagem cristã, a fim de justificar a concretização de seus projetos. Acredita-se que as questões aqui elecandas podem contribuir para os debates acerca da temática protestante no Brasil, sobretudo em se tratando do campo da história cultural das religiões.
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