INTRODUÇÃO: A pandemia de covid-19 tornou necessário estudos sobre o impacto da pandemia e das novas rotinas de trabalho impostas ao trabalhador no estado de saúde de profissionais de saúde, em especial os fisioterapeutas hospitalares. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de sono e sonolência diurna de profissionais de fisioterapia hospitalar durante o período de pandemia do covid-19. MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa observacional, transversal, prospectiva em um hospital público do nordeste brasileiro. A pesquisa teve como público-alvo fisioterapeutas hospitalares atuantes ou não em setores covid durante a pandemia de covid-19. Foram aplicados os instrumentos Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP), Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e questionários com características demográficas, trabalho, saúde e percepção de estresse. RESULTADOS: Participaram do estudo 45 fisioterapeutas e foi observado que 62,2% eram do sexo feminino, 66,7% relataram trabalhar 60h por semana e 55,6% trabalharam em setor covid e não covid. Observou-se elevada frequência de má qualidade do sono (68,9%) independente de carga horária ou setor de trabalho. Houve maior prevalência de sonolência diurna excessiva (43,3%) entre os fisioterapeutas que trabalhavam 60h por semana. CONCLUSÃO: Os fisioterapeutas hospitalares de uma instituição pública têm má qualidade do sono e aqueles que trabalham com maior carga horária apresentam maior prevalência de sonolência diurna excessiva.
dados em prontuário eletrônico nos meses de novembro de 2021 a janeiro de 2022 com pacientes submetidos ao uso de VNI. Resultados e Discussão: 8 pacientes foram incluídos no estudo, sendo 75% (6) destes do sexo masculino, com média de idade de 50,8 ± 13,2 anos. O tempo médio de uso da VNI foi de 5 ± 2,26 dias. Observou-se que 25% (2) dos pacientes evoluíram para IOT e posteriormente para óbito, estando à idade avançada diretamente relacionada com este desfecho. Considerações Finais: O uso de VNI pode ser considerado como alternativa no tratamento de pacientes com COVID-19. Contudo, os diversos fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente ainda contribuem para a alta taxa de IOT e de mortalidade. Com evidências científicas robustas nesta população específica escassa, ressaltase a necessidade de novos estudos acerca de estratégias terapêuticas no contexto de pacientes criticamente enfermos com COVID-19.Palavras-chave: Falência respiratória; Coronavírus; Ventilação não invasiva. ABSTRATObjective: To evaluate the use of non-invasive positive blood pressure therapy in the outcome of patients with acute or chronic respiratory failure exacerbated by COVID-19. Methodology: Research carried out in the ICU-COVID of a federal public hospital located in the city of Teresina, capital of Piauí, on an observational and retrospective basis through data collection in electronic medical records from November 2021 to January 2022 with patients undergoing to the use of NIV. Results and Discussion: 8 patients were included in the study, 75% (6) of whom were male, with a mean age of 50.8 ± 13.2 years. The mean time of NIV use was 5 ± 2.26 days. It was observed that 25% (2) of the patients evolved to OTI and subsequently died, with advanced age being directly related to this outcome. Final Considerations: The use of NIV can be considered as an alternative in the treatment of patients with COVID-19. However, the various intrinsic and extrinsic factors to the patient still contribute to the high rate of OTI and mortality. With robust scientific evidence in this scarce specific population, the need for further studies on therapeutic strategies in the context of critically ill patients with COVID-19 is highlighted.
Introdução: Nos pacientes sob cuidados paliativos, diante de um estímulo intenso, é comum se observar o desenvolvimento de ansiedade generalizada, com quadros de tensão motora, hipervigilância, hiperatividade autonômica, transtorno do pânico e fobia social. Os distúrbios do sono estão relacionados aos quadros de transtornos psiquiátricos, ocasionando queixas de distúrbios respiratórios, doenças cardíacas e exaustão emocional, além de comprometer substancialmente a qualidade de sono. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar a qualidade do sono em pacientes sob cuidados paliativos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal e quantitativo, com 15 pacientes atendidos no ambulatório de cuidados paliativos do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), nos meses de maio a julho de 2022. A amostra incluiu todos os pacientes oncológicos sob tratamento paliativo que estavam sendo atendidos no ambulatório, entre os meses de maio a julho de 2022. Resultados: Participaram deste estudo 15 pacientes, sendo 9 do sexo feminino, com média de idade de 71,9 ± 9,6 anos, 53,3% eram oriundos de Teresina, 80% eram pardos e 73,3% professavam a fé católica. Com relação ao sono dos pacientes em cuidados paliativos, observou-se uma média de duração de sono de 5,5 ± 2,8h (mediana de 7h), IQSP médio de 10,1 ± 5,2, com mínimo de 4 e máximo de 18 (IQSP > 5, má qualidade do sono), em que 73,3% dos pacientes apresentaram má qualidade do sono. Conclusão: Por meio dos achados deste estudo, é possível observar uma relação direta entre qualidade do sono e duração do sono, e que a maioria dos participantes apresentaram algum comprometimento no ciclo sono-vigiília, corroborando com os achados científicos sobre cuidados paliativos e sono.
Introdução: O termo câncer (CA) refere-se a um grande grupo de entidades nosológicas de ordem genética que afeta qualquer estrutura corporal A intervenção cirúrgica, a radioterapia (RT) e a quimioterapia (QT) fazem parte de seu escopo terapêutico. No entanto, muito comumente pacientes oncológicos desenvolvem como resposta adversa a mucosite oral (MO), que por sua vez compromete a integridade e funcionalidade da cavidade bucal. Contudo, a laserterapia de baixa intensidade (LTBI) vem ganhando espaço no tratamento destas lesões ulcerativas. Objetivo: avaliar os efeitos da LTBI no tratamento da MO em pacientes submetidos à terapia antineoplásica. Método: realizou-se uma busca sistemática nas bases de dados Lilacs, Medline, Scielo e PubMed, entre julho e dezembro de 2022, sendo selecionados artigos publicados nos últimos cinco anos. Resultados: após a análise sistematizada realizada por 2 pesquisadores, 200 artigos foram encontrados, sendo 194 excluídos. Discussão: a MO é o efeito adverso agudo mais debilitante naqueles em tratamento antineoplásico, merecendo atenção interdisciplinar especial. Porém, entre as modalidades terapêuticas existentes, a LTBI se destaca como uma alternativa eficaz, não invasiva, com boa tolerância e elevado perfil de segurança. Considerações finais: a literatura científica sugere que a LTBI apresenta resultados positivos no controle da inflamação, na redução das lesões e no aumento da qualidade de vida.
Introdução: Durante a pandemia de COVID-19, tornou-se necessário o uso de estratégias no tratamento dos pacientes que evoluem com insuficiência respiratória aguda. Objetivo: Avaliar o uso de estratégias não invasivas no desfecho de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada por COVID-19. Métodos: Pesquisa de caráter observacional e retrospectivo por meio da coleta de dados em prontuário eletrônico com pacientes submetidos ao uso de cânula nasal de alto fluxo (CNAF) e/ou ventilação mecânica não invasiva (VNI). Resultados: 81 pacientes, sendo 70,4% (57) do sexo masculino, com 56,5 ± 14,6 anos. 49,4% (40) dos indivíduos fizeram uso de CNAF e VNI, 9,9% (8) e 40,7% (33) apenas VNI ou CNAF, respectivamente. O tempo médio de uso da CNAF foi de 4,4 ± 3,7 dias e de VNI foi de 2,7 ± 3,4 dias. Observou-se que 43 (53,1%) dos pacientes pesquisados evoluíram para intubação orotraqueal (IOT) e 40 (49,4%) para óbito. Destes, 22 encontravam-se em IOT. Houve diferença estatística quando comparados idade entre os grupos IOT e não IOT, 60,5 ± 13,9 anos vs 52,1 ± 14,2 anos (p = 0,012), respectivamente. Conclusão: O uso de VNI e/ou CNAF pode ser considerado como alternativa no tratamento de pacientes com COVID-19. Contudo, os diversos fatores intrínsecos e extrínsecos ao paciente ainda contribuem para a alta taxa de IOT e de mortalidade.
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