Resumo. Este artigo tem como objeto de estudo as organizações de economia social e solidária que combinam fi nalidade social com atividades econômicas de mercado. Sendo assim inseridas em uma lógica de mercado, a observação empírica revela que essas organizações adotam diferentes formas de comercialização que as permite vender produtos e serviços em função de uma fi nalidade social. A fi m de compreender como tais formas de comercialização surgem e quais são suas características, este artigo sugere a construção de um quadro teórico baseado nos princípios de comportamento econômico de Polanyi. Tais princípios evidenciam a existência de três regimes econômicos e de três tipos de recursos que são hibridizados por essas organizações, e que explicam sua origem, seu papel na economia, e, assim, suas quatro formas híbridas de comercialização: não-relacionada, relacionada, integrada e incorporada. A tipologia proposta vai além de uma simples descrição do que pode ser observado empiricamente, e consiste em uma primeira tentativa de teorização da questão da hibridação das atividades econômicas na economia social e solidária. Além de auxiliar na compreensão da complexidade e da pluralidade que caracterizam as organizações de economia social e solidária, tal quadro teórico pode auxiliar na identifi cação de pistas importantes de pesquisa quando aplicado aos mais diversos contextos nacionais.
Resumo Este artigo apresenta uma análise epistemológica dos trabalhos científicos que se concentram no estudo da estratégia organizacional no âmbito das empresas de economia social. Combinando estudos epistemológicos de dois campos do conhecimento, a estratégia organizacional e a economia social, este artigo objetiva compreender se o conjunto de estudos que, hoje, compõe o corpo teórico sobre a estratégia das empresas de economia social seria suficientemente sólido para sustentar o desenvolvimento de conhecimento próprio acerca das particularidades estratégicas dessas organizações. A análise baseou-se em uma revisão da literatura sobre o tema, que identificou 74 trabalhos sobre estratégia organizacional em uma base de dados contendo mais de 3.000 estudos em economia social. Uma ficha de análise constituída por cinco elementos foi elaborada a partir das posturas epistemológicas adotadas nos ramos da estratégia e da economia social: foco, ideologia, evolução da estratégia, definição da estratégia e postura. Como resultado, três categorias de estudos foram identificadas, de acordo com a natureza fundamental da definição da estratégica adotada: a estratégia como um conteúdo pragmático, a estratégia como um processo analítico e a estratégia como uma escolha estrutural. As conclusões apontam que o estudo da estratégia organizacional na economia social apresenta uma evolução cuja tendência é a realização de estudos cada vez mais concentrados na investigação das particularidades estratégicas específicas dessas organizações.
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