O Território Litoral Sul da Bahia é banhado por cerca de 250 quilômetros de costa atlântica, onde a pesca ocorre com maior intensidade. Embora seja relevante para as comunidades locais, denota-se a escassez de informações que demonstrem os aspectos socioeconômicos da atividade pesqueira, levando à presente pesquisa a ter seu objetivo central na análise dos aspectos socioeconômicos e os conflitos socioambientais existentes na pesca regional. Através de entrevistas, diagnósticos participativos, pesquisa-ação e levantamento bibliográfico, foi possível verificar que os conflitos socioambientais estão presentes, principalmente pela necessidade de ordenamento das áreas de pescas, pela limitada fiscalização e pelos excessos cometidos pelos próprios pescadores, a exemplo da pesca de arrasto. O contexto da pesca no Território apresenta-se declinante quanto aos estoques pesqueiros, estes estando explorados e demandando, consequentemente, maiores esforços de pesca. Esse esforço, na maioria das vezes, se traduz na geração de renda de subsistência levando à não renovação dos pescadores ou seja, os jovens preferem novas oportunidades, dedicando-se à pesca só na hipótese de insucesso nas suas outras escolhas. Adicionam-se também, as estatísticas inconsistentes verificadas durante a pesquisa e o escasso sistema de fiscalização da atividade pelos órgãos competentes, demonstrando o limitado nível de interesse político por esse relevante setor socioeconômico.
As nascentes são afloramentos dos lençóis subterrâneos e importantes para a rede de drenagem superficial, pois possibilitam a formação dos córregos, lagos, rios e a consequente manutenção das bacias hidrográficas. O presente trabalho visa avaliar os impactos ambientais em nascentes localizadas na sub-bacia hidrográfica do rio dos Monos, distrito de Barra Nova, Bahia. Foram realizadas visitas in loco nas nascentes, para aplicação do Índice de Impacto Ambiental de Nascentes (IIAN), avaliando-se os parâmetros para identificar e classificar o grau de preservação das nascentes e discriminar os impactos ambientais recorrentes de ações antropogênicas. Com base nesses parâmetros, das quatro nascentes analisadas, duas enquadraram-se no grau de preservação boa e ótima; as outras duas foram classificadas como ruim e péssima. A análise dos parâmetros revelou que a vegetação está degradada, a falta de proteção e proximidades das residências foram os impactos mais frequentes e relevantes. A degradação no entorno das nascentes impacta diretamente na preservação das mesmas. Assim, destaca-se a necessidade de ações de intervenção por gestores e pela população no sentido de promover a recomposição da diversidade florística das nascentes.
O sul da Bahia apresenta importantes remanescentes do bioma da Mata Atlântica. Existem duas formas de preservá-las, através das unidades de conservação e também pelo sistema de produção de cacau (Theobroma cacao). Este último funciona sob as árvores nativas do bioma e enfrentou uma grave crise, que começou em meados da década de 1980 pela tendência negativa dos preços de cacau bulk no mercado internacional e foi agravada pela praga vassoura-de-bruxa (Moniliophtora perniciosa), de consideráveis impactos negativos seja na produtividade da lavoura de cacau e/ou pelo uso dos recursos naturais. Foram realizadas pesquisas no intuito de identificar soluções, como é o caso da introdução de clones de cacau mais tolerantes à Moniliophtora perniciosa. Entretanto, a introdução do Sistema AgroFlorestal (SAF) no MAPES (Mosaico de Áreas Protegidas do Extremo Sul da Bahia) apresentou o potencial de incentivar nos agricultores a produção de cacau, pois segundo a modelagem econômica, proposta por este artigo, foi demonstrada viabilidade econômica na projeção temporal de vinte anos. Além dos retornos financeiros, que superaram as taxas de custos do Sistema Agroflorestal composto pelo cacau (espécie exótica) e outros 52 indivíduos de espécies nativas, tem-se a possibilidade de incrementar a vegetação nativa do bioma da Mata Atlântica.
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