resumo: Há uma solidariedade entre o estilo do L'Individuation à la Lumière des Notions de Forme et d'Information e os princípios teóricos que a obra toma como ponto de partida para sua investigação dos diversos processos de individuação. Essa solidariedade torna o estilo da obra um programa filosófico que responde a demandas precisas quanto ao papel das ciências da natureza, das ciências humanas e da técnica, sua classificação, sua história e sua consistência teórica, demandas que pretendemos especificar no artigo. Ao mesmo tempo esse programa de Simondon requer que o autor recolha os princípios teóricos de sua análise em um corpo teórico cujas linhas gerais desenham a fisonomia de toda uma filosofia, de caráter peculiar. É isso o que justifica, e até mesmo exige, que Simondon tome por objeto o problema da individuação nos termos em que o faz, e que possa apresentar essa aproximação do problema como uma crítica cujo valor é ele mesmo filosófico: uma resposta peculiar ao positivismo, ao pragmatismo, ao estruturalismo e, sobretudo, às formas de compreensão das ciências e das técnicas que era hegemônica no final dos anos 50, no ambiente intelectual francês.abstract: There is a strict allegiance between the style present in L'Individuation à la Lumière des Notions de Forme et d'Information and the theoretical principles by which this work inquires the diverse individuation processes. That allegiance makes this style a whole investigation program on the role of natural sciences, humanities and technology in general, their classification, history and theoretical nature. The clauses of that investigation will be shown in its general lines by the paper itself. But the point is that, at the same time, this investigation program requires the specific theoretical principles adopted by Simondon in this work as a theory and in its development as a complete philosophy. Indeed this is the reason why Simondon takes the problem about individuation processes as the focus of his discussions. Such discussions offer a critique whose value is itself philosophical. That strategy results in a peculiar response to positivism, pragmatism, structuralism and the hegemonic way of thinking about sciences and techniques in the French fifties.
O artigo procura analisar a correspondência entre Espinosa e A. Burgh, um recém-convertido ao catolicismo. Além de alguns aspectos teóricos da correspondência, são tratados os argumentos que Burgh apresenta em favor da autoridade dos artigos de fé e da Igreja, e da necessidade de conversão religiosa de Espinosa, contrapostos aos argumentos racionais baseados no que Espinosa chama de "minha filosofia” (mea philosophia).
resumo Examinamos a argumentação de Cícero contra o estoicismo no De Fato tentando reconstruir a melhor argumentação de Crisipo para a posição de uma filosofia que concilie a postulação do destino com a da liberdade humana. Fazemos isso, contudo tendo em vista a maneira como esse programa estóico é lembrado por Leibniz na Teodicéia. A estratégia para tanto consiste em examinar primeiro a maneira como Crisipo e Cícero poderiam traduzir o problema da relação do destino em termos causais, sugerindo uma diferença possível entre a solução que seria legitimamente a de Crisipo e a de Cícero. Depois, mas em função dessa primeira análise, procuramos entender como Crisipo poderia resolver o problema a partir da postulação autonomia do agente na deliberação, pressuposta a natureza do agente -e pressupostos alguns temas centrais da física e da lógica estóicas como a noção de corporais e incorporais. Aqui aparece o exemplo do cilindro e do cone, como atribuído a Crisipo por Cícero, exemplo cuja interpretação ocupará o restante do artigo.palavras chave Crisipo -Cicero -destino -liberdade -autonomia §1 Leibniz, no Prefácio à Teodicéia, examina as sombras que projeta "A idéia mal entendida da necessidade, quando se aplica à prática" 1 . São duas: o fatum mahumetanum -a completa desconsideração da autonomia do agente em nome do destino -e o fatum stoicum figura que "não é tão sombria quanto a fazem parecer" porque tende a "conferir tranqüilidade a respeito dos acontecimentos pela consideração da necessidade que torna
RESUMO: Este artigo tem por objetivo apontar, na lógica do ser, uma confusão entre ser e nada indeterminados e determinados na construção do argumento pelo qual Kant refutava a prova ontológica da existência de Deus. Todavia, o desenvolvimento da resposta hegeliana aponta para algo além disso. O segredo da infinitude ultrapassa a lógica do ser, para exprimir-se no vínculo entre Noção e efetividade. Claramente, tal vínculo conduz a maneira como a lógica irá pensar o absoluto -daí a conexão íntima com o problema envolvido na provas da existência de Deus.Palavras-chave: Hegel; Kant; Dialética; Lógica; Absoluto ABSTRACT: This article aims to point out, in the logic of being, a confusion between being and nothing undetermined and determined to build the argument by which Kant refuted the ontological proof of God's existence. However, the development of Hegel's reply points to something beyond that. The secret of infinity exceeds the logic of being, to express itself in the bond between Concept and effectiveness. Clearly, this bond leads the way and how the logic will think the absolute -hence the up close connection with the problem involved in the proofs of the existence of God.Key-words: Hegel; Kant; Dialectic; Logic; Absolut §1 Quando se pressupõe um certo conteúdo, uma existência determinada, então esta última, por ser tal, é em uma relação múltipla com outros conteúdos; e não é indiferente por si mesmo que seja ou não um outro conteúdo dentre os quais esta existência estava em relação, porque é precisamente por essa relação que aquela última era essencialmente o que era. 1Eis o aviso que Hegel dirige ao leitor que se permitisse, depois da leitura da dialética do ser, do nada e do devir, dizer para si mesmo algo como:"Ser e não ser são o mesmo, assim, é o mesmo que esta casa seja ou não seja ou 1 "Wenn ein bestimmter Inhalt, irgend ein bestimmtes Daseyn vorausgesetzt wird, so ist diess Daseyn, weil es bestimmtes ist, in mannigfaltiger Beziehung auf anderen Inhalt; es ist fuer dasselbe nicht gleichgueltig, ob ein gewisser anderer Inhalt, mit dem es in Beziehung steht, ist oder nicht ist; denn nur durch solche Beziehung ist es wesentlich das, was es ist."WL, I, B, R1, SL 86
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