A grande incidência de incêndios florestais observados em Unidades de Conservação faz com que esse evento se torne uma ameaça à proteção dessas áreas. Este artigo apresenta o mapeamento de áreas suscetíveis a incêndios florestais, bem como a identificação de locais potenciais para instalação de torres de vigilância de incêndios florestais para os parques Estaduais Altamiro de Moura Pacheco e João Leite e área de entorno de 3,0 km de extensão a partir dos limites dos parques, utilizando ferramentas SIG livres. O mapa final de risco de incêndios foi obtido através da sobreposição ponderada dos principais fatores relacionados com incêndios florestais, como: declividade, hipsometria, orientação das encostas, malha viária e trilhas, perímetro urbano, uso do solo, temperatura, umidade e exposição aos ventos. Para determinação de locais potenciais para implantação de torres de observação de incêndios foram considerados os seguintes fatores: relevo (cotas de maior altitude), proximidade das estradas, proximidade com as regiões classificadas com risco moderado e alto e uso do solo. Os resultados mostraram que 9.724,66 ha (41,4%) das áreas dos parques avaliados possuem alto risco de incêndios. O mapa de risco de incêndios foi validado considerando os focos de calor disponibilizados pelo INPE (2017), obtendo mais de 60% de precisão em relação às áreas de risco alto. Com relação aos locais indicados para instalação das torres de observação de incêndios, a instalação apenas de uma torre proporcionou a maior visualização das áreas de estudo, 56,1%. Combinando a instalação de duas torres, foi possível obter cobertura de visualização de 71,1% de toda as áreas de estudo. Dessa forma, demostrou-se que a gestão e tomada de decisões ambientais referente ao monitoramento de riscos de incêndios florestais em regiões protegidas podem ser mais bem-sucedidas quando complementadas com ferramentas de geotecnologias.
A dengue e suas variantes tornaram-se grande problema de saúde pública em âmbito internacional. Como a complexidade da distribuição da dengue está intimamente relacionada com as características ecológicas do ambiente, os Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s) mostram-se como importante ferramenta na operacionalização da prevenção e do combate à doença. Com isso, objetivou-se correlacionar espacialmente os casos de dengue notificados com os fatores socioeconômicos, ambientais e demográficos a partir dos índices de Moran Global (I) e Local (LISA), aplicado através do software Geoda, a fim de identificar o perfil de áreas com maior probabilidade de manifestação da dengue para subsidiar ações de prevenção, controle e aplicação de recursos. Foram encontrados baixos valores de autocorrelação espacial bivariada (-0,2177 a 0,1023), entretanto, as análises dos mapas Moran LISA apresentaram padrões de distribuição espacial em forma de aglomerados para as variáveis renda média por domicílio, percentual de domicílios com abastecimento de água, com coleta de lixo regular e ocupação horizontal.
Inúmeros objetos e utensílios de diferentes matérias primas são desenvolvidos, utilizados e descartados pela sociedade atual, porém, alguns itens, como as fraldas descartáveis e absorventes, carecem de métodos ou processos que viabilizem a sua reciclagem. Dessa forma, relatar os principais aspectos ambientais quanto à destinação correta de fraldas descartáveis, considerando-se a avaliação do ciclo de vida e as opções de tratamento, compreendendo o período entre 1990 a 2019 em escala internacional são objetivos deste artigo. O tema é de relevante importância, haja vista que a maioria dos componentes das fraldas descartáveis poderiam ser reciclados, reduzindo-se assim, o volume final de material destinado à disposição final. Assim, esta revisão apresenta levantamento do panorama mundial de tratamento destes resíduos, revelando que, embora os avanços tecnológicos de tratamento existam e permitam reciclar parte dos materiais que compõem as fraldas descartáveis, os desafios permanecem em relação à problemática ambiental, seja do ponto de vista quantitativo, qualitativo e econômico.
O processo de urbanização acelerado das cidades associado a falta de planejamento por parte do poder público pode gera impactos ambientais, sociais e econômicos significativos. Devido ao processo de urbanização, a impermeabilização do solo surge como um dos principais fatores associados a esses impactos, se tornando inclusive um indicador não só do grau de urbanização, mas também de qualidade ambiental. Diante disso, torna-se justificável determinar o percentual de áreas impermeabilizadas do perímetro urbano da cidade de Goiânia, estado de Goiás, Brasil, assim como, determinar a qualidade da drenagem nos setores censitários, gerando um produto que subsidiar a tomada de decisão por parte dos gestores públicos. Para determinação das áreas impermeáveis, utilizou-se a técnica de classificação orientada a objeto implementada no software gratuito InterImage. O mapa de qualidade de drenagem foi gerado por meio do cruzamento das áreas impermeabilizadas, o mapa de índice de umidade (TWI) e os dados de acesso a equipamentos de microdrenagem. O resultado final da classificação resultou em um índice Kappa 85%, considerado excelente. Em relação ao mapa de qualidade de drenagem urbana gerado, identificou-se que aproximadamente 70% da área de estudo encontra-se como muito desfavorável e desfavorável, fato esse diretamente relacionado ao alto grau de impermeabilização atual da área de estudo.
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