À nível mundial, a amalgamação do ouro é convencionalmente feita com recurso ao mercúrio. Porém, a poluição resultante da utilização do mercúrio é das mais preocupantes, dado que tem efeitos devastadores na saúde humana como no meio ambiente. Assim sendo, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia da aplicação das folhas da Ochroma pyramidale no apoio da concentração gravítica do ouro na sub-bacia do alto Revuè, no distrito de Manica, no extremo Centro-Oeste da província de Manica, região Centro de Moçambique. Para tal, o estudo baseou-se na pesquisa bibliográfica e documental e na testagem do processo do apoio da concentração gravítica do ouro com recurso às folhas desta planta. Foram feitas 10 testagens utilizando a folha desta planta, onde participaram 251 mineradores. De acordo com os resultados, as folhas da Ochroma pyramidale demonstraram ser capazes de clarear e separar o ouro dos outros materiais apenas em áreas onde as dimensões das partículas do ouro eram relativamente maiores. No entanto, deste trabalho verificou-se que há estudos que comprovam que a Manhiot esculenta Grantz (mandioca amarga) é eficaz no apoio da concentração gravítica do ouro, atraindo as partículas do ouro, o que marca o início de um futuro muito promissor na mineração pois, a mandioca amarga já se pode utilizar, substituindo o mercúrio. Com isso, recomenda-se a realização de trabalhos-piloto de demonstração da utilização da mandioca amarga.