Este estudo apresenta uma investigação sobre o efeito do estilo, sob a acepção laboviana (LABOV, 1966, 1972, 2001), no comportamento das fricativas coronais em coda medial e final de palavras nas gravações de seis falantes pessoenses. As gravações analisadas foram coletadas em 2015 pelo Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB (HORA, 1993) – para a composição de uma amostra em tempo real do tipo painel (LABOV, 2001). Ainda em andamento, este estudo buscou investigar (i) se nas entrevistas de recontato, os seis falantes apresentam os mesmos padrões de uso identificados na comunidade pelos estudos de Hora (2003) e Ribeiro (2006), (ii) se há diferenças na distribuição do uso das formas entre as gravações, considerando as produções em contexto de entrevista, inquérito fonético e leitura; e (iii) se há alguma evidência de que os contextos favorecedores para a regra de palatalização se expandiram para além das oclusivas /t/ e /d/. Nossa análise preliminar sugere que, no geral, os informantes apresentaram um padrão parecido com o de sua comunidade no intervalo de 20 anos, o estilo “inquérito fonético” restringiu o uso da variante palatal em determinado contextos, corroborando a hipótese de Labov (1994), e outros segmentos além do /t/ e /d/ mostraram-se favorecedores ao processo de palatalização.
Modo de acesso: World Wide Web Inclui bibliografia 1. Educação 2. Formação docente 3. Gestão 4. Políticas Públicas I. Título CDD-370 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores www.poisson.com.br
Este artigo apresenta um estudo da percepção da entoação das interrogativas globais entre variedades do Português do Brasil falado ao longo da costa atlântica, nomeadamente Paraíba (Norte), Minas Gerais (Centro) e Rio Grande do Sul (Sul). A hipótese de que as distinções encontradas nos estudos de produção, que definem grandes áreas dialetais, se refletem nos padrões de percepção dos falantes nativos foi confirmada. Duas grandes áreas foram estabelecidas: o Norte, caracterizado por um contorno nuclear ascendente, e o Centro-Sul, caracterizado por um contorno nuclear ascendente-descendente. Os falantes do Norte não percepcionam diferenças entre os padrões entoacionais nativos e não-nativos, ao contrário dos falantes do Centro-Sul. Estes resultados apontam para uma fronteira perceptiva entre variedades. Desenvolvido no âmbito do Projeto Atlas Interativo da Prosódia do Projeto Português, este trabalho contribui para ampliar e aprofundar o conhecimento atual do sistema entoacional do Português, oferecendo uma abordagem integrada (que combina produção e percepção) ao estudo da variação entonacional em interrogativas globais neutras.
Resumo: O objetivo geral deste trabalho é apresentar, com base na sociolinguística quantitativa, uma análise do processo de assimilação que envolve as oclusivas dentais/alveolares /t, d/. De início, será apresentada uma visão geral da assimilação regressiva, já bastante estudada no Português Brasileiro (PB) e, em seguida, serão analisados contextos de assimilação progressiva na comunidade de fala de Itabaiana -Paraíba. O que motiva essa última análise é o fato de, no dialeto itabaiano, o processo de assimilação progressiva, como em muito e gosto, sob influência do contexto fonológico precedente, ser mais produtivo do que o processo de assimilação regressiva, como em pote e bote, mais geral, quando se pensa no PB. A abordagem teórico-metodológica que serve como pano de fundo para a pesquisa é a teoria da variação, ou sociolinguística quantitativa, William Labov (1966Labov ( , 1972. Os dados coletados e a serem analisados fazem parte do Projeto Variação Linguística da Paraíba -VALPB. A amostra é constituída de 36 informantes da comunidade, estratificados de acordo com o sexo, a faixa etária e os anos de escolarização. Como resultados favoráveis à aplicação da regra de
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