Com a chegada do SARS-CoV-2 o mundo se viu em uma guerra contra a doença causada pelo vírus. Essa pode acarretar o comprometimento de sistemas, como do ciclo celular, do estresse, imunológicos e metabólicos, levando ao comprometimento da renina-angiotensina, que está envolvida no funcionamento de órgãos vitais. Paralelamente, se tem um desequilíbrio do sistema redox, desencadeado pela tempestade de citocinas inflamatórias, típica da doença. Esses desequilíbrios são pontos importantes para um pior prognóstico, além da existência de doenças prévias e a idade avançada. Por essas razões, muito se especulou sobre o uso de antioxidantes para prevenção ou combate viral. Neste contexto, a presente revisão sistemática buscou compreender os efeitos dos antioxidantes diante da infecção por SARS-CoV-2. Usando a base de dados Medline/Pubmed, foram explorados dados de estudos clínicos e observacionais retrospectivos e prospectivos, selecionando um total de 25 estudos. O tamanho amostral variou de 12 a 4314 indivíduos e a idade média foi de 55,27 ± 11,82. A maioria dos estudos utilizou a vitamina D (n=10) como intervenção, seguido pela vitamina C (n=6), zinco (n=5) e compostos fenólicos (n=4). Quanto a avaliação da qualidade dos estudos, foi encontrado um escore médio de 7,38 pontos para estudos clínicos e 9,28 pontos para estudos observacionais, indicando boa qualidade metodológica. Apesar de haver algumas evidências que apontam para os benefícios do uso de antioxidantes frente à doença, ainda não é possível se ter um consenso sobre seu real papel, motivo dado pela heterogeneidade dos estudos e a discrepância entre os resultados publicados.
A depressão é considerada um problema de saúde pública e é uma das principais causas de incapacidade profissional ou social em todo o mundo. Antioxidantes são substâncias conhecidas por seus efeitos preventivos ou terapêuticos em várias doenças, incluindo a depressão. Esses benefícios podem ser explicados pela capacidade inerente dessas moléculas de modular as vias de sinalização celular. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos neuroprotetores do resveratrol em um modelo in vitro de depressão. Estudos experimentais foram realizados com células gliais U-87 MG derivadas da linhagem do cérebro humano. Diferentes concentrações de resveratrol foram utilizadas na presença ou ausência de quinurenina, um metabólito do aminoácido triptofano necessário para a síntese de serotonina. A viabilidade celular foi avaliada determinando a capacidade das células para reduzir o composto MTT (brometo de 3- [4,5-dimetiltiazol 2-il] -2,5-difeniltetrazolina), além da avaliação morfológica celular. Para avaliar o nível de estresse oxidativo, as células gliais tratadas foram submetidas ao teste TBARS para quantificar a peroxidação lipídica. Doses de quinurenina de 100 e 200 µM foram citotóxicas, reduzindo a viabilidade das células gliais e alterando a morfologia celular. Essa redução foi acompanhada por aumento do dano oxidativo aos lipídios. O resveratrol (10 µM) se mostrou preventivo na manutenção da viabilidade das células gliais quando tratadas com quinurenina 100 µM. Os resultados poderão colaborar para o entendimento dos mecanismos envolvidos na depressão, contribuindo com o novo enfoque da capacidade dos polifenóis, compostos naturalmente encontrados na dieta, em tornarem-se agentes terapêuticos adjuvantes para o tratamento de distúrbios neuropsiquiátricos.
: Phenolic compounds (PC) have many health benefits such as antioxidant, anticarcinogenic, neuroprotective, and anti-inflammatory activities. All of these activities depend on their chemical structures and their interaction with biological targets in the body. PC occur naturally in polymerized form, linked to glycosides and requires metabolic transformation from their ingestion to their absorption. The gut microbiota can transform PC into more easily absorbed metabolites. The PC, in turn, have prebiotic and antimicrobial actions on the microbiota. Despite this, their low oral bioavailability still compromises biological performance. Therefore, the use of nanocarriers has been demonstrated to be a useful strategy to improve PC absorption and, consequently, their health effects. Nanotechnology is an excellent alternative able to overcome the limits of oral bioavailability of PC, since it offers protection from degradation during their passage through the gastrointestinal tract. Moreover, nanotechnology is also capable of promoting controlled PC release and modulating the interaction between PC and the microbiota. However, little is known about the impact of the nanotechnology on PC effects on the gut microbiota. This review highlights the use of nanotechnology for PC delivery on gut microbiota, focusing on the ability of such formulations to enhance oral bioavailability by applying nanocarriers (polymeric nanoparticles, nanostructured lipid carriers, solid lipid nanoparticles). In addition, the effects of free and nanocarried PC or nanocarriers per se on gut microbiota are also described.
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