Introdução: A terapêutica intravenosa tem é fundamental na assistência desses neonatos que frequentemente necessitam de medicamentos de uso prolongado. Objetivo: Caracterizar os recém-nascidos (RN) que fizeram uso do Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC) e identificar as complicações advindas do uso deste dispositivo. Método: Estudo descritivo e quantitativo que foi desenvolvido em um hospital público de Belo Horizonte, Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada por meio do preenchimento de uma ficha semi-estruturada. Resultados: Foram analisados 111 cateteres inseridos sendo a maior porcentagem em RN com idade gestacional entre 29 a 36 semanas (65,5%), peso entre 1001 a 1500 gramas (40,2%), diagnóstico de prematuridade (76,6%) seguido de sepse (67,6%) e com dias de vida inferior ou igual a cinco (58,2%). As principais complicações pós-inserção foram: mau posicionamento (25,7%), flebite (19,3%) e oclusão (3,7%). Nenhuma das características dos recémnascidos analisadas teve associação significativa com a ocorrência de complicação. Os RN com complicações no uso do PICC apresentaram baixa proporção de antibioticoterapia por sepse tardia (p=0,014) e ponta do cateter em posição periférica (p<0,001). Conclusões: Os achados apontam para a importância de capacitações acerca do manejo adequado deste dispositivo, com o intuito de evitar ou minimizar a ocorrência complicações e otimizar sua utilização.
Objective: To analyze the factors associated with non-adherence to the outpatient follow-up of infants discharged from the Neonatal Intensive Care Unit. Method: A cross-sectional study that included 596 children who were discharged between October 1, 2014 and September 30, 2015 and who were referred to outpatient follow-up. The data were collected by evaluating the discharge report and attendance to the consultations. Results: Of the 596 children referred for follow-up, 118 (19.80%) did not attend any outpatient care in the 12 months after discharge. Children with gestational age at birth ≥37 weeks (odds ratio 1.97, p=0.013), who were not resuscitated at birth (odds ratio 1.79, p=0.032) and those without continuous use of medications at home (odds ratio 1.69, p=0.046) were more likely to not adhere to outpatient follow-up. Conclusion: The expressive number of non-adherence to follow-up indicates the need for actions to ensure care continuity to newborns at risk after hospital discharge. Although the differences pointed out cannot be defined as predictors of non-follow-up, evidence of these variables allows us to recognize risks and seek to reduce factors that influence abandoning follow-up care.
Compreender a vivência materna frente à hospitalização da criança com abordagem paliativa. Métodos: Estudo qualitativo, realizado na unidade de Cuidados Paliativos de um hospital da rede estadual de saúde em Minas Gerais. Os dados foram coletados entre os meses de agosto de 2019 a janeiro de 2020 por meio de entrevista, com questões fundamentadas no modelo Resiliência, Estresse, Ajustamento e Adaptação Familiar de McCubbin e McCubbin. Resultados: Foram entrevistadas oito mães. O longo período de internação foi descrito como frustrante e angustiante. O recebimento do diagnóstico foi vivenciado como um evento estressor associado ao desespero, preocupação e tristeza. Todas as mães relatam que foram encorajadas e treinadas para realizar os cuidados com suas crianças. Mudança de domicílio, absenteísmo e alteração no turno de trabalho foram elencadas como alteração na rotina familiar. Como estratégias de enfrentamento foram citadas a calma e o bom diálogo. Entidades religiosas, parentes e os próprios profissionais de saúde foram mencionados como suporte social e de apoio. Conclusão: É imperativo que haja maiores investigações da percepção materna frente à internação da criança em uma perspectiva paliativista.
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