Realizaremos uma breve análise teórica sobre o mundo do trabalho e a sua relação com as políticas capitalistas neoliberais que vêm tomando conta da nossa sociedade nas últimas décadas e que possuem fortes impactos na educação. Objetivamos entender o modo como essas relações afetam o campo educacional e a forma como a precarização e a desvalorização docente estão a favor do capitalismo. Discorreremos sobre os principais significados do trabalho e o modo como o sistema capitalista se apropria dele. Será possível criarmos um elo com o campo educacional brasileiro, que será discutido a partir da instauração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que está a serviço da etapa neoliberal do capitalismo, algo comprovado a partir da utilização de expressões e ideias que são próprias do mundo empresarial, algo que não nos surpreende, visto que, principalmente a partir da década de 1990, os currículos implantados em nosso país foram elaborados com o intuito de atender aos anseios do Banco Mundial e de outros órgãos internacionais. Ao final, concluímos que o trabalho docente e o campo educacional estão, infelizmente, sendo forçados a se curvar perante o capitalismo, e para que possamos contornar tal situação, precisamos redefinir a nossa identidade enquanto professores.
Este artigo objetiva realizar uma análise histórica a respeito da geografia escolar ao longo dos anos e o modo como as correntes geográficas influenciaram em tal processo. Para tanto, realizamos várias leituras de diversos autores que se debruçam sobre tal tema, realizando alguns breves apontamentos sobre as quatro principais correntes da geografia que contribuíram de alguma forma com o campo escolar dessa disciplina: determinismo, possibilismo, nova geografia e geografia crítica. Desde que os jesuítas instauraram o primeiro sistema de ensino em nosso país, a geografia possuía um caráter descritivo e tratava de assuntos muitas vezes alheios aos alunos. Com o passar do tempo, mudanças significativas foram implementadas em nossos currículos, de modo que a geografia chega aos dias atuais com um caráter muito mais renovado mas ainda assim com uma forte tendência tradicionalista.
A Geografia da Saúde é uma antiga perspectiva e uma nova especialização que se utiliza dos conhecimentos geográficos para a compreensão e resolução dos problemas de saúde. Atualmente, essa parte da ciência geográfica tem ganhado importância, sobretudo, pela possibilidade de contribuição no enfrentamento de epidemias e na organização dos sistemas de saúde. Entretanto, quais as correntes filosóficas dão bases para essa nova especialização? Nesse sentido, objetivamos compreender quais as correntes filosóficas têm contribuído na construção do conhecimento da área. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, cujos procedimentos técnicos adotados foram do tipo documental, na qual a fonte dos dados foi a um importante periódico da área. A análise se deu em cima de todos os artigos publicados pelo respectivo periódico no ano de 2019. Observou-se que, a corrente filosófica predominante foi a positivista com 66% dos artigos publicados nos quais as principais características é o tipo de pesquisa descritiva e a abordagem quantitativa, objetivando, por vezes, auxiliar o direcionamento das políticas de saúde pública, fato concernente com a Vertente da Geografia da Atenção Médica que estava presente em 20 dos 29 artigos analisados e a Abordagem Ecológica.
A geografia da saúde é uma área de estudos que tem como objetivo investigar, interpretar e explicar o modo como os fatores sociais e as desigualdades socioeconômicas afetam as questões de saúde de uma determinada população. Visando compreender melhor as áreas de estudo dessa disciplina na atualidade, realizamos uma revisão bibliométrica dos artigos publicados na revista Hygeia, visto que a mesma é uma referência em Geografia da Saúde. Para isso, analisamos cada um dos artigos publicados no período de 2012 a 2019, identificando as instituições, os estados e as regiões que mais publicaram na revista, o gênero dos autores, suas titulações, as vertentes e abordagens geográficas e as doenças mais recorrentes nas pesquisas. Todos os dados foram tabulados no Excel, cruzados e transformados em gráficos para melhor facilitar a discussão. Verificamos que a região que mais publica na revista é a Sudeste, que o número de homens e de mulheres que publicam na revista estão muito próximos, que grade parte dos autores possui doutorado, que os artigos que possuem uma abordagem de análise espacial sempre direcionam seus estudos para a vertente da atenção médica, e os artigos que possuem uma abordagem ecológica analisam sempre os fenômenos a partir da abordagem nosogeográfica. Por fim, as doenças mais recorrentes nos artigos são a dengue, a Leishmaniose visceral e a hanseníase.
Não há dúvidas de que nos dias atuais o espaço se configura como o objeto da Geografia, sobre o qual todas as demais categorias estão assentadas. Tendo tanta importância, podemos ter a impressão que, desde a institucionalização da Geografia, por volta de 1870, o espaço já se configurava com tal imponência, o que na verdade só veio a se concretizar mais à frente. Durante a Geografia Tradicional o espaço era tratado com pouca importância e, em alguns casos, de forma um pouco confusa, muito próximo da categoria de território. Friedrich Ratzel (1844 – 1904), Vidal de La Blache (1845 – 1918) e Richard Hartshorne (1899 – 1992) foram os principais geógrafos que fizeram contribuições importantes sobre o espaço nesse período. Com o advento da Nova Geografia, novas metodologias passam a ser implementadas na Geografia, de forma que o espaço começa a ser discutido por alguns geógrafos como o objeto da ciência geográfica. Nos basearemos nos escritos de Antonio Christofoletti e David Harvey para explanar o modo como o espaço foi abordado durante essa corrente, mas veremos que, mesmo recebendo maior destaque, o tratamento que essa categoria recebeu não diferenciou muito daquele empregado durante a Geografia Tradicional, com características mais técnicas e descritivas. É somente na Geografia Crítica que o espaço passa a ser considerado efetivamente como o objeto dessa ciência, recebendo também uma nova abordagem, não mais descritiva, a qual analisaremos a partir dos pensamentos de Henri Lefébvre (1901 – 1991) e Milton Santos (1926 – 2001).
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