O Turismo de Base Comunitária é uma proposta para o planejamento e o desenvolvimento das localidades através da atividade turística, fundamentada nos conceitos de sustentabilidade e desenvolvimento sustentável, promovendo a emancipação social das comunidades por meio do protagonismo da população na autogestão de seus bens, serviços e ca-pital social, para assim atingir a melhoria da qualidade de vida de seus moradores e a conservação de seu patrimônio ambiental, histórico e cultural. Com o objetivo de compreender a produção científica, que ganhou espaço a partir de 1990, e identificar possíveis lacunas sobre tema, este artigo reúne Revisão Integrativa da Literatura (RIL) ao Estudo Bibliométrico (EB) para analisar uma amostra de 158 artigos em português, espanhol e inglês distribuídos por 64 periódicos. O estudo cumpriu as três principais leis da bibliometria: Lotka, Bradford e Zipf, indicando o TBC como uma temática em expansão e com produção pulverizada. Por fim, a síntese dos conhecimentos produzidos identificou como possíveis lacunas teóricas: governança e comercialização.
O terrorismo contemporâneo pode ser considerado um dos males do século XXI e suas ações têm atingido um número cada vez maior de alvos não combatentes. Os grupos extremistas estão à procura de lugares com grande circulação de pessoas como pontos turísticos para realizar os seus ataques. Os atentados almejam alcançar um maior número de kafirs, termo para definir os incrédulos ou infiéis da doutrina islâmica, ou obter uma maior atenção da mídia. Assim, o presente estudo objetivou entender como turistas brasileiros, que estavam em Paris, percebem a interferência da noite dos atentados em 13 e 14 de novembro de 2015 na imagem turística da cidade. A investigação foi qualitativa exploratória com a triangulação dos dados: pesquisa documental, questionários abertos e depoimentos em vídeos, com o uso da análise de conteúdo. Os resultados mostram um impacto mediano na atividade turística, porém pouco importante na imagem da cidade de Paris nos meses subsequentes aos atentados, sendo o fluxo de visitantes reestabelecido em curto prazo. A relevância primordial deste artigo foi compreender o impacto na demanda turística pós-atentados terroristas a partir da percepção dos turistas sob a imagem do destino.
O Turismo Social [TS] ambiciona um maior acesso das atividades turísticas para toda a população, mas tais desafios foram potencializados no contexto pandêmico. A crise sanitária e econômica oriunda da pandemia da Covid-19 e as ações para mitigar os impactos do vírus interferiram nas rotinas do setor turístico. O presente artigo objetivou analisar os desafios do turismo social no Brasil, decorrente das implicações da pandemia da Covid-19. Adotando como recorte as Administrações Regionais do Serviço Social do Comércio [Sesc] em Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, realizou-se pesquisa qualitativa descritiva e explicativa, coletando dados através da pesquisa documental, entrevista semiestruturada e questionários abertos, sendo os dados foram analisados pela Análise do Conteúdo de Bardin (2016). Observaram-se discrepâncias no processo de gerenciamento de crises entre os estados, destacando a ocorrência de ações virtuais para promover a interação com o público e manutenção dos aspectos de sustentabilidade e responsabilidade social inerente ao segmento.
A partir da proposta de uma nova visão paradigmática do fenômeno turístico, o turismo de base comunitária (TBC) incrementa a atividade turística inspirada no desenvolvimento sustentável e no protagonismo dos atores locais, contribuindo para a geração alternativa de renda e melhoria da qualidade de vida das comunidades. Embora sejam constantemente estudadas e debatidas pela academia, as iniciativas de TBC enfrentam dificuldades para consolidar-se no mercado turístico e tendem a fenecer. Pesquisas realizadas na área apontam que a governança é um dos obstáculos para esta consolidação. No Recife, duas comunidades, a Bomba do Hemetério e a Ilha de Deus, desenvolvem iniciativas de TBC, porém ambas não se firmaram como destino turístico regular. Logo, este estudo analisa a governança dessas iniciativas recifenses por meio da aplicação do Modelo de Análise da Governança (MAG) do TBC, adotando como construtos a participação, a transparência e a eficácia. A pesquisa caracteriza-se como qualitativa, descritiva e explicativa. A coleta de dados ocorreu por meio de observação, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas. Para o tratamento dos dados coletados, empregou-se a análise de conteúdo do tipo categorial, obedecendo ao critério lexical. Entre os entraves para a consolidação das iniciativas recifenses destacam-se os conflitos internos, baixo relacionamento com o poder público e a alta dependência externa, inclusive de redes.
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