Estamos vivenciando, no ano de 2020, um momento sem precedentes em nosso país, onde o isolamento social se faz necessário devido à pandemia de coronavírus que cresce a passos largos diariamente. Diante deste cenário, no qual as escolas encontram-se impossibilitadas de desenvolver atividades presenciais, redes estaduais e municipais de ensino de todo o país e escolas particulares buscam alternativas para que as aulas continuem acontecendo. O ensino remoto, através de meios virtuais, vem se mostrando a melhor alternativa até o momento, embora possua limitações que não devem ser desconsideradas. Através do trabalho remoto com a Língua Portuguesa, é possível desenvolver multiletramentos e a construção da identidade do aluno, reforçando seu papel ativo em uma sociedade cada vez mais tecnológica e visual. O papel do professor continua sendo de extrema importância na estrutura remota, bem como do núcleo gestor, principalmente para buscar minimizar quadros de desigualdade educacional, assegurando que as atividades e as tecnologias escolhidas contemplem também aqueles alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade extrema.
Professora da UFC, na graduação, trabalha com disciplinas relacionadas à Prática de Ensino. Tem experiência na área de Linguística Aplicada, em interface com a Linguística de Texto, atuando principalmente com temas relacionados à análise de gêneros; leitura, escrita e análise linguística; formação de professores.
BÁRBARA OLÍMPIA RAMOS DE MELOProfessora Associada da Universidade Estadual do Piauí (UES-PI), atua na Graduação e nos Mestrados Acadêmico e Profissional em Letras. Doutora e Mestra em Linguística (UFC), Especialista em Língua Portuguesa (UFPI) e Graduada em Letras/Português (UFPI). É líder do grupo de pesquisa "Estudos sobre os Gêneros Textuais". Publicou em coautoria os livros "Linguística I", "Iniciação aos estudos linguísticos', 'Perspectivas teóricas e aplicadas para os estudos da Linguagem" e "Trilha metodológica no ensi-no de língua portuguesa: urdindo a leitura, a produção, a análise e a reflexão"; também foi uma das organizadoras das coletâneas "Linguagens, cultura e ensino" (Paco Editorial), "Literatura, contemporaneidade e ensino" e "Linguagem, contemporaneidade e ensino" (as duas últimas publicadas pela Editora Max Limonad).
DANIELE CRISTINA DE ALMEIDAMestra em Letras (ProfLetras/UFC) e Especialista em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica (FAK). É professora da Secretaria de Educação do Estado do Ceará. DARIANA RIBEIRO DE SOUSA Professora de Língua Portuguesa da Prefeitura Municipal de Teresina, desde 2010. Atuou na modalidade regular do Ensino Fundamental por sete anos e, atualmente, trabalha com Educação de Jovens e Adultos (modalidade EJA). Mestra pelo ProfLetras (UESPI), Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa (UESPI) e graduada em Letras/Português (UESPI). Também tem graduação em Comunicação Social/Jornalismo (UFPI) e atua como revisora de textos.
Esta pesquisa visa analisar a constituição identitária do professor, em situação de estágio, no curso de Letras. Partimos dos pressupostos do Interacionismo Sociodiscursivo – ISD - (BRONCKART, 1997, 2004, 2006, 2008; BUENO, 2007; LOUSADA, 2006), comungados com a Teoria das Representações Sociais (MOSCOVICI, 1961, 1989, 1996, JODELET, 1989; ABRIC, 1994) e com os pressupostos teóricos da Ergonomia da Atividade (AMIGUES, 2002, 2004; SAUJAT, 2002), e da Clínica da Atividade (CLOT, 1999, 2001; FAÏTA, 2004). Através das vozes e modalizações, identificadas em excertos de relatórios de regência, reconhecemos representações sobre o métier do professor.
Este artigo tem como objetivo demonstrar que o dialogismo é o princípio constitutivo da relação entre linguagem e identidade, levando em consideração a perspectiva da Linguística Aplicada na busca em estabelecer mecanismos teórico-metodológicos que possam sustentar a identidade como uma representação advinda da prática discursiva. Nossa contribuição advém da interface entre os estudos da Teoria Dialógica do Discurso (BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, 2006; BAKHTIN, 1997; BAKHTIN, 1981) com a teoria das representações identitárias (RIBEIRO, 2017; ORR, 2007; MARKOVÁ, 2007) e as relações de alteridade na sua constituição. Acreditamos ser possível estabelecer tais relações na busca da (re)interpretação do conceito de identidade social em uma perspectiva dialógica de linguagem, sustentando a tese de que as representações identitárias são (re)construídas discursivamente e (re)veladas enunciativamente.
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