No conjunto de mulheres em idade reprodutiva, estão inseridas as adolescentes: população compreendida entre 10 e 19 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Esse período da vida é comumente marcado por uma série de alterações físicas, emocionais e comportamentais. Como resultado das experiências sexuais cada vez mais precoce e da falta de uso dos métodos contraceptivos, ocorrem altos índices de gravidez na adolescência. Desse modo, torna-se fundamental conhecer o perfil das adolescentes que praticam aborto, os métodos abortivos e a assistência recebida no pós-abortamento. Estudo exploratóriodescritivo, com abordagem quantitativa, realizado no Serviço de Arquivo Médico e Estatística do Hospital das Clínicas da UFPE. A amostra do estudo correspondeu a 122 prontuários. Para realizar a coleta utilizou-se de um formulário estruturado. Os dados foram processados e analisados no programa StatisticalPackage for the Social Science (SPSS) versão 20.0. A maior parte das adolescentes com histórico abortivo possuía idade entre 14 a 17 anos, condição de união solteira. Quanto ao histórico abortivo, 55% dos abortos foram de causa induzida, sendo o método mais utilizado o misoprostol. Entre as complicações abortivas, as mais frequentes foram hemorragia e febre. Destaca-se a necessidade de realização de novos estudos com esta população, produzindo outras evidências científicas, que possam embasar, ainda mais, ações promotoras da saúde sexual e reprodutiva de adolescentes.
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