As proteases são enzimas capazes de catalisar a hidrólise de ligações peptídicas e apresentam diversas aplicações biotecnológicas, sendo uma das principais enzimas empregadas nos diferentes setores industriais, especialmente na indústria de alimentos. A produção dessas enzimas através de métodos fermentativos apresenta diversas vantagens como baixo custo, rendimento elevado e produção em larga escala, porém, a presença de impurezas nos extratos obtidos no final do processo pode ocasionar diminuição no potencial biotecnológico em termos de aplicações, sendo assim, necessário técnicas que proporcionem a viabilidade da função e estrutura das proteases. O Sistema de Duas Fases Aquosas (SDFA) é uma técnica simples, econômica e com elevando rendimento de extração. Diante disso, o SDFA PEG/Citrato foi utilizado para extrair e purificar parcialmente as proteases produzidas a partir do micro-organismo Aspergillus heteromorphus URM 0269 por fermentação submersa (FSm). Para essa finalidade, foi realizado um planejamento fatorial completo 2 4 tendo como variáveis reposta o coeficiente de partição (K), recuperação (Y) e fator de purificação (FP) e as variáveis independentes estudadas foram a massa molar de PEG (MPEG), concentração de PEG (CPEG), concentração de citrato (CCITRATO) e pH. A protease apresentou maior preferência pela fase superior, rica em PEG, onde as variáveis MPEG e CCITRATO, bem como a interação entre ambas, apresentaram efeitos significativos para todas as variáveis resposta. O ensaio 5 (MPEG 400g/mol, CPEG 24% m/m, CCITRATO 20% m/m, pH 6) apresentou os melhores resultados K (9,24), Y (222,53%) e FP (1,93). A utilização do SDFA se mostrou eficiente para extração e purificação parcial da protease obtida por Aspergillus heteromorphus URM 0269 apresentando elevadas recuperações, indicando a possibilidade de aplicação na extração de proteases com potencial de aplicação industrial, especialmente na indústria de alimentos.
Enzimas imobilizadas em nanopartículas magnéticas (NPMs) possuem ampla aplicabilidade em processos catalíticos industriais, devido a vantagens como: aumento da produtividade e da estabilidade operacional, facilidade de manuseio e separação, além da possibilidade de reutilização do biocatalizador. Entretanto, a imobilização direta de enzimas na superfície dessas partículas não é recomendada, em razão de sua fraca dispersibilidade aquosa e alta tendência a oxidação. Visando contornar este problema, as NPMs são geralmente revestidas com materiais inertes e impermeáveis. Desta forma, este trabalho teve como objetivo realizar uma breve busca na literatura sobre os materiais comumente utilizados para revestimento de nanopartículas magnéticas. A escolha adequada da natureza e do tipo de material utilizado possibilita o aprimoramento no processo de imobilização, além de aumentar a estabilidade e eficiência catalítica da enzima.
Diante da crescente preocupação com uma vida mais saudável, tem-se observado uma maior procura por alimentos que apresentem efeitos positivos na saúde. Dentre os alimentos funcionais, os prebióticos se destacam como componentes não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro pelo estímulo seletivo da proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon. Este trabalho objetivou-se em realizar uma prospecção tecnológica sobre o desenvolvimento e aplicação nacional e internacional de patentes sobre prebióticos tendo como base para essa análise as plataformas Derwent, Espacenet, Lens, INPI, Patentscope e USPTO. A plataforma Lens obteve o maior número de patentes (5241 documentos) e por isto foi a base de dados selecionada para a realização do monitoramento tecnológico sobre prebióticos. Em relação aos registros, 75% correspondiam à pedidos de patente e 15% as patentes que foram concedidas. O país que lidera o número de depósitos é a China com aproximadamente 38% do total. No que diz respeito as organizações requerentes, a Nestec SA foi a organização que mais realizou depósitos de patentes, um total de 175 registros. Também foram analisados os dados de Classificação Internacional de Patentes (IPC), no qual 30% se referem a seção A23L que compreendem alimentos, produtos alimentícios ou bebidas não alcoólicas, indicando ser uma excelente aplicação para a indústria de alimentos. No Brasil, a base de dados nacional INPI apresentou 122 pedidos de patentes sobre prebióticos, onde o Brasil é o principal depositante com 48% do total. Com relação ao depositante, 54% dos pedidos de patente são de empresas privadas, seguidos por 37% de instituições públicas e 9% por pessoas físicas. No geral, os resultados mostram que os avanços nas pesquisas sobre prebióticos são promissores e esse estudo pode contribuir no planejamento e tomada de decisões para o desenvolvimento dessa área.
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